- Publicidade -
CoronavírusNão há previsão de vinda de novas UTIs para São Carlos, diz Aquino

Não há previsão de vinda de novas UTIs para São Carlos, diz Aquino

Coordenador do Comitê de Combate ao Coronavírus na cidade descartou lockdown, pediu ação regionalizada e “ajuda estadual” para enfrentar a pandemia

- Publicidade -

Centro de Atendimento e Triagem, em São Carlos. Foto: Bruno Moraes / ACidade ON São Carlos

Não há previsão ou disponibilidade de abertura de novos leitos de terapia intensiva para pacientes com Covid-19 em São Carlos (SP) ou na região. Quem adiantou a informação foi o coordenador do Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus Mateus de Aquino nesta quarta-feira (17), em entrevista à CBN São Carlos. O chefe do órgão enfatizou a necessidade de aumentar os índices de isolamento e distanciamento.

- Publicidade -

“Não temos sinalização de UTIs no DRS inteiro. O DRS-3 de Araraquara, da qual São Carlos participa, não tem previsão de novos leitos. Não há previsão de recursos humanos para trabalhar nos novos leitos. Então não existe e volto a enfatizar a necessidade de distanciamento e isolamento, pois está chegando ao fim a possibilidade de abrir novos leitos e ter recursos humanos para trabalhar”, comenta.

Com todo o Estado de São Paulo próximo do colapso hospitalar, uma situação que praticamente deixa todo o país em alerta, o chefe do comitê ressaltou a importância de uma padronização nas medidas de enfrentamento a nível regional.

“É muito importante que sim, não tenho dúvidas de que a união e a padronização da condução executiva neste momento seriam fantásticos”. “É certo que precisamos cuidar do nosso território, é do são-carlense que precisamos cuidar, mas neste momento, nessa união, além de pensar no são-carlense nós vamos poder cuidar dos demais que nos rodeiam. Entendo que a política da união se faz muito necessário”, opina.

Por ora, a possibilidade de restrições rígidas à abertura de supermercados e outros estabelecimentos, como o ocorrido em Araraquara, não está na mesa. Os indicadores são acompanhados pela equipe técnica da Prefeitura e membros do comitê.

“O nosso trabalho tem sido monitorar cada movimento, atitude, ação e cada efeito é gerado pelas ações que os governos tomam, sejam ele estadual, federal, mas muito mais com um olhar crítico das ações municipais, pois são os municípios que realmente lidam no front, no dia a dia junto à população com as dificuldades, então esse monitoramento é muito importante”, explica.

- Publicidade -

Aquino também demonstrou preocupação com efeitos gerados por medidas rígidas que se assemelham ao lockdown. Em Ribeirão Preto, decreto municipal fechou do dia para a noite os supermercados e gerou uma verdadeira correria para os estabelecimentos.

“Então, toda medida tem que ser tomada, precisa ser cautelosa, não pode ter medo, não pode faltar coragem do Poder Executivo, mas também não podemos esquecer que efeitos colaterais virão após essas ações. Isso precisa ser calculado para que os efeitos sejam menos nocivos possível na sociedade”, opina.

O coordenador ainda pediu “ajuda estadual” na implantação de medidas de combate à pandemia de Covid-19. Para Aquino, a falta de leitos em São Carlos é um problema que é vivido na escala regional, dentro e fora do DRS-3. Ele cobrou outras esferas de governo pelo fechamento de leitos de UTI quando acreditaram que “a pandemia acabou”.

“Precisamos de ajuda estadual. Somos regidos por região, o Plano São Paulo é pensado na regionalização dos leitos, que estão saturados em toda a região”. “O que é muito difícil de ler é um embate entre os governos e até o STF (Supremo Tribunal Federal) por questões de credenciamento e custeio de leitos. Há erros políticos de esferas estadual e federal que em algum momento da pandemia acharam que tinha acabado e desativaram (leitos)”, finaliza.

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -