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CoronavírusRegião tem a segunda maior taxa de ocupação de UTI, diz Estado

Região tem a segunda maior taxa de ocupação de UTI, diz Estado

Sem fase vermelha, cenário poderia encaminhar para um colapso, afirma epidemiologista; taxa de ocupação era de 44% e passou para 86% no período de um mês

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Centro de São Carlos (SP): fase vermelha forçará o fechamento do comércio não essencial. Foto: ACidade ON

A região de São Carlos (SP) tem a segunda pior taxa de ocupação de unidades de terapia intensiva (UTI) dedicadas a pacientes com Covid-19 em São Paulo. O dado é do governo do Estado e foi divulgado em balanço que colocou a cidade na fase vermelha do plano de flexibilização. A situação poderia encaminhar para colapso, segundo médico epidemiologista.

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Com 85,7% de ocupação das UTIs, o Departamento Regional de Saúde (DRS-3) ficou atrás da regional de Bauru (SP), com 90,1%. O terceiro pior índice foi registrado por Franca, com 84%. As três regionais são as únicas que ficarão na fase vermelha do Plano São Paulo a partir de sábado (6).

O recrudescimento da epidemia de Sars-CoV-2 na região de São Carlos ocasionou a mudança de fase. A taxa de novos casos para cada 100 mil habitantes aumentou em 90,6% no período de um mês. O índice que era de 212,6 em 8 de janeiro chegou a 405,3 nesta sexta-feira. A taxa de ocupação de leitos de UTI passou de 44,4% para 85,7% no mesmo período.

O Palácio dos Bandeirantes ainda divulgou dado que reflete diretamente na ocupação de enfermarias e leitos de terapia intensiva. A razão de novas internações passou de 40,4 para 58,7 no período pesquisado, majoração de 45,3%.

Alta da mortalidade por Covid-19 na região refletiu diretamente nos indicadores analisados pelo Comitê de Contingenciamento do Coronavírus do Estado. Há um mês, quando São Carlos estava na fase amarela do Plano São Paulo, a taxa de mortos por 100 mil habitantes era de 1,9. Nesta sexta-feira chegou a 7,4 (+289,5%).

Para o médico epidemiologista e professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Bernardino Alves Souto, a situação da região poderia se encaminhar para um colapso do sistema de saúde pública. “Estamos caminhando para um estado de colapso em relação a pandemia e é muito importante que essas medidas sejam tomadas. Caso contrário, vamos ter ainda mais casos de mortes, maior sobrecarga hospitalar, mais doentes na cidade e com as dificuldades que isso poderá trazer”, relata.

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Segundo epidemiologista, há uma “necessidade urgente” de um endurecimento das medidas de prevenção. Souto ainda pediu investimento em vigilância epidemiológica, para que haja mais “condições tecnológicas de operacionalizar e ter um controle mais eficaz da pandemia”.

As novas medidas de restrições impostas pelo Palácio dos Bandeirantes têm o potencial de refletir na circulação de pessoas pela cidade, uma vez que o comércio e serviços não essenciais ficarão fechados. São Carlos, que no início da pandemia chegava a 60% de adesão ao isolamento, chegou às mínimas de 37% no final do ano passado. Nesta quinta-feira (4), a taxa ficou em 40%.

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