Em audiência pública com a presença de secretários municipais, vereadores e profissionais da educação, a situação da pandemia em São Carlos foi apresentada como fator importante para continuar apenas com o ensino online.
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O secretário municipal da Saúde, Marcos Palermo, abriu a audiência e colocou-se contra o retorno presencial neste momento. Segundo ele, a situação atual da pandemia requer cuidados específicos na cidade. “Nós entendemos a importância da educação, mas ainda temos como meta a contingência de pessoas circulando. A gente sabe que nossa média móvel ainda não está em um número adequado, apesar de os esforços das autoridades. A volta das aulas presenciais nesse momento, ainda mais com a nova cepa circulando em nossa região, o risco é eminente”.
“Nós não temos estrutura nos hospitais na questão pediátrica. Nós não sabemos se essa nova cepa atinge também crianças de até 12 anos de idade”, complementou Palermo.
O professor do curso de medicina da UFSCar, Bernardino Alves Souto, ressaltou que o número de mortes da cidade vem subindo e que todo o cuidado é fundamental neste momento. “Nós tivemos recentemente um aumento muito grande do número de mortes diárias pela Covid (…). No mês de fevereiro, com três semanas, a mortalidade, o número de mortes por covid é 50% maior do que todo o mês de janeiro. Então mostrando uma situação extremamente preocupante devido ao grande aumento do número de mortes na cidade”.
A secretária municipal de Educação, Wanda Hoffman, comentou que o ano letivo está sendo realizado de forma 100% remota, ainda sem data para o retorno presencial. Mas disse que a pasta vem fazendo planejamentos para um possível retorno do ensino fundamental, de crianças de 6 a 14 anos. “Nós acreditamos que quando nós formos retornar, se retornarmos, dependendo das autoridades de saúde, nós vamos retornar inicialmente com fundamental um e dois, que são alunos do 1º ao 9º ano, que são alunos de 6 a 14 anos, de uma forma inicial híbrida. E, claro, seguindo todas orientações”.
Já o retorno dos mais de 11 mil alunos da educação infantil, que têm de 4 meses a 5 anos e meses, deve ocorrer apenas quando os profissionais da educação estiverem vacinados.
Professores e gestores das escolas municipais também levantaram os vários problemas de infraestrutura que as escolas têm passado
No momento. Inclusive, algumas delas foram furtadas neste último ano.
A secretária Wanda Hoffman disse que as equipes de manutenção da prefeitura estão cientes e fazem reparos em todas as 60 unidades escolares.
Depois de quase 3h30, o vereador Djalma Nery (PSOL) indicou a necessidade de novas audiências públicas, que devem acontecer antes de qualquer anúncio sobre retorno presencial das escolas municipais.