A variante P.1 do novo coronavírus corresponde a 70,67% das amostras analisadas no Departamento Regional de Saúde de Araraquara (DRS-3), da qual São Carlos (SP) faz parte. O levantamento faz parte de pesquisa genômica conduzida em todas as regiões de saúde de São Paulo.
O estudo é organizado pelo professor e pesquisador Vitor Valenti, do Instituto Adolfo Lutz (IAL), e poderá contribuir para as estratégias de vigilância dos municípios.
A variante P.1, cepa brasileira conhecida anteriormente como sendo de Manaus (AM), representou 7 em cada 10 amostras analisadas. A P.2, cujo surgimento aponta para o Rio de Janeiro, é responsável por 12% das amostras da região, e é a segunda mais predominante na DRS-3.
A B.1.1.28, a variante mais comum no Brasil desde maio do ano passado, é responsável por 10,67% dos resultados. O IAL ainda calculou as presenças da B.1.1.7, do Reino Unido, com 5,33%, e N9 nova variante brasileira tem 1,33% de prevalência.
Em outras DRSs do Estado, o Instituto Adolfo Lutz calculou a predominância da variante amazônica e Ribeirão Preto é a região com maior percentual de amostras, com 78,95%. Na sequência vêm Campinas, com 73,97%, a região de São Carlos e Araraquara, com 70,67%, e Grande São Paulo, com 66,8%. A região com menor prevalência é Marília, com 5,41%.
Pesquisadores afirmam que há uma preocupação com a geração de novas variantes do novo coronavírus. Um cenário de descontrole epidêmico pode gerar cepas mais resistentes, mortais e aos quais vacinas podem ter efeito diminuído. Autoridades de saúde reiteram a importância do distanciamento social, uso de máscara e higienização de mãos com água e sabão ou álcool em gel.
Estudos têm demonstrado que a Coronavac é eficaz contra a mutação que predomina as variantes amazônica, carioca e B.1.1.39, da qual deriva a cepa N9, todas elas com presença confirmada na DRS-3.