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CotidianoIncêndio na Unesp de Rio Claro destruiu acervo de 60 anos

Incêndio na Unesp de Rio Claro destruiu acervo de 60 anos

Chamas demoraram quatro horas para serem controladas e levaram consigo anos de pesquisas, equipamentos e material científico; docentes apontam prejuízo inestimável

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Incêndio na Unesp de Rio Claro destruiu acervo de mais de 60 anos. Foto: Rafael Castro/EPTV
Incêndio na Unesp de Rio Claro destruiu acervo de mais de 60 anos. Foto: Rafael Castro/EPTV

O incêndio que atingiu o Instituto de Biociências (IB) da Unesp de Rio Claro na quarta-feira (31) destruiu um acervo de mais de 60 anos, além de centenas de pesquisas, equipamentos e material científico. Segundo docentes da unidade, o prejuízo é inestimável. 

O fogo demorou cerca de quatro horas para ser controlado pelo Corpo de Bombeiros e a estimativa é que tenha atingido pelo menos 30% do prédio central do instituto.  Entre as áreas mais atingidas estão laboratórios e a sala dos professores. 

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O anfiteatro e as salas de aula não foram afetados, mas as aulas continuam suspensas nas duas unidades universitárias, no IB e no Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE). A suspeita da universidade é que o fogo tenha sido causado por problemas na rede elétrica. 

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Incêndio na Unesp de Rio Claro destruiu acervo de mais de 60 anos. Foto: Rafael Castro/EPTV
Incêndio na Unesp de Rio Claro destruiu acervo de mais de 60 anos. Foto: Rafael Castro/EPTV

Além dos danos estruturais e de equipamentos valiosos como microscópios, ultrafreezer, freezer e computadores, professores e pesquisadores do instituto comentam que o maior prejuízo – e que não é recuperável – foi do acervo histórico da coleção didática de Zoologia. 

“Tinha materiais que foram preparados por professores que aprenderam técnicas novas, como técnicas de citologia, de taxidermia […] esse material estava sendo preservado. A coleção era usada no ensino da graduação e da pós-graduação e vem sendo usada por biólogos que se formam aqui desde a década de 60”, comentou o professor José Paulo Guadanucci. 

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Os espaços também armazenavam pesquisas concluídas e/ou em andamento e raridades que não podem ser substituídas, como alguns animais preservados in vitro, material seco como concha de molusco, insetos e etc.

“Tinha peixe da Antártida, material em álcool do Mar Mediterrâneo, então animais marinhos tanto invertebrados quanto vertebrados que eram usados na demonstração em aulas práticas, que os alunos manipulam e observam sobre os microscópios, e isso foi também perdido. Uma perda inestimável”, disse o docente. 

Daqui para a frente, segundo o docente Célio Haddad, o futuro do ensino de turmas futuras é incerto. “São materiais raríssimos, de difícil obtenção, alguns dos animais que foram perdidos até desapareceram, estão extintos. Nós nem sabemos como vamos fazer para manter as aulas práticas dos estudantes daqui para frente”, completou.

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