Após uma década de inatividade, a Horta Municipal de São Carlos foi reaberta nesta semana. A horta funciona no histórico espaço de 4 hectares ao lado da Universidade Federal de São Carlos. O espaço recebeu o nome de Djalma Nery Ferreira Filho, intelectual, jornalista e ativista das causas ambientais.
Depois de 10 anos parado, o local volta a ter função social, em um sistema em que a diversificação de plantas, naturais e cultivadas, em manejo que mantém a diversificação do ambiente, sem uso de agrotóxicos.
Os alimentos produzidos no local irão para os pratos dos alunos da rede pública de ensino e para entidades assistenciais.
“Além de um espaço de produção de alimentos (…) É um espaço para educação ambiental, para mostrar às pessoas que é possível produzir e preservar ao mesmo tempo”, afirmou o vereador e ativista ambiental Djalma Nery Neto (PSOL).
O vereador afirmou que, em um primeiro momento, a ideia é começar com a compostagem de resíduos orgânicos que iriam para o aterro sanitário. O material será transformado em adubo, que será usado na própria horta e doado para munícipes.
“Iniciamos as primeiras experiências com canteiros de alface, tomate, rúcula, couve, para entender melhor o solo, a água, para obter uma boa produção, em fevereiro ou março com o diagnóstico da área, vamos iniciar com a produção e poder receber escolas, construir parcerias com Embrapa, UFSCar e estabelecer um ponto de encontro de ambientalistas de produção de alimentos sustentáveis”.
O secretário de Governo, Netto Donato, disse que a gestão mantém a pauta ambiental e a aplica na reabertura da horta, agora com manejo sustentável.
Jornalista e ativista reconhecido
Djalma Nery Ferreira Filho foi parceiro dos movimentos sociais e ambientalistas, entusiasta da Coopervida (Cooperativa de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis), da Horta e do Horto municipais.
“Essa homenagem muito me honra, me alegra, me orgulha, principalmente por trazer essas memórias e agora o compromisso aumenta, há 20 anos trabalho com o meio ambiente, por causa do meu pai, e com essa homenagem o compromisso é maior ainda, estou muito feliz, muito honrado e espero corresponder às expectativas”, disse o vereador e filho do homenageado.
“Aprender a respeitar a natureza, preservando, reciclando e reaproveitando parte dos resíduos sólidos produzidos pela população e incentivar essa prática, para formar cidadãos conscientes para um futuro promissor com responsabilidade é a mensagem que o pai do vereador Djalma deixou, uma pessoa que sempre lutou pelo meio ambiente, jornalista renomado que merece muito essa homenagem”, encerrou Netto Donatto.
A lei que propôs homenagear o jornalista com o espaço foi proposta pelos vereadores Fábio Zanchin (MDB) e Professora Neusa (Cidadania) e aprovada na Câmara Municipal.
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