Um ano depois do incêndio que atingiu cerca de 900 hectares de reserva ambiental e pasto da Fazenda Canchim, a Embrapa Pecuária Sudeste apresenta novo planejamento para evitar novas ocorrências do tipo neste período de estiagem, que vai até outubro.
Segundo a estatal, o documento apresenta procedimentos de resposta a situações emergenciais com potencial de causar queimadas tanto dentro quanto fora dos limites da instituição. Além disso, define as atribuições e responsabilidades para otimizar o pronto atendimento às emergências, por meio de ações rápidas e seguras, com o objetivo de minimizar os danos às pessoas, ao patrimônio e ao meio ambiente.
Após o incêndio que atingiu a fazenda em setembro de 2021 e queimou mais de 900 hectares da área, incluindo pastagem e reserva florestal, a gestão do centro de pesquisa incorporou uma série de medidas mais rigorosas. Uma das iniciativas é a manutenção de aceiros, áreas de proteção que rodeiam pastagens e locais de conservação. A empresa possui Brigada de Incêndio própria, mantendo os brigadistas atualizados. O último treinamento foi organizado em novembro e o próximo já está agendado.
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É realizado mapeamento de áreas de risco para incêndios. A partir de estações meteorológicas, um banco de informações com gráficos e mapas de regime de chuvas identificam os períodos com restrição hídrica, que constituem as épocas de maior risco de incêndios.
No decorrer de 2021 e 2022, foram organizadas campanhas internas de sensibilização e de mobilização de voluntários. De acordo com Marco Aurélio Bergamaschi, chefe administrativo, a ideia é que mais empregados façam parte da brigada e estejam habilitados para ajudarem quando houver necessidade. Também foram adquiridos novos equipamentos, abertos mais aceiros e instaladas câmeras de monitoramento nas imediações da estrada vicinal que dá acesso à empresa.
Em relação ao enfrentamento de possíveis incidentes ainda neste ano, Bergamaschi afirmou que os treinamentos serão intensificados e garantiu que a Embrapa está comprometida na prevenção e alerta para possíveis focos de incêndio. Segundo ele, o plano contribui para isso, porque detalha todos os procedimentos a serem tomados em eventuais ocorrências. “Infelizmente, nós não vamos ficar sem incêndio; isso demandaria a reeducação de uma geração toda, da população”, alertou, já que a maioria das queimadas registradas não foi causada por fenômeno natural, mas por ação humana.
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