Em meio a incêndios florestais em áreas urbanas de São Carlos (SP), a administração local acelerou a compra de equipamentos e insumos para o combate aos focos no município. Há uma licitação aberta e outras três a serem divulgadas que totalizam compras na ordem de R$ 170 mil.
Em uma concorrência já aberta, a Prefeitura recebe propostas para a aquisição de sopradores, motopoda e motosserra, todos a combustão, e estipula valor máximo de R$ 30,8 mil.
Há ainda processos a serem abertos para a compra de macacões, de R$ 82 mil, alarmes de monitoramento, de R$ 20,5 mil, e aparelhos de TV para montagem de sala de instrução do Corpo de Bombeiros, de R$ 20,5 mil.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Samir Gardini, apesar de ser estadual, o Corpo de Bombeiros é custeado em parte por convênio da Prefeitura. Entram na conta da municipalidade itens como alimentação, manutenção de viaturas e compra de combustíveis e equipamentos.
As compras acontecem ao fim de uma temporada com diversos casos de incêndios no município. Um deles causou prejuízo milionário à Embrapa e à Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
“O processo de licitação tem a morosidade burocrática e legal, mas nós temos esperanças de que se conclua o mais rápido possível até porque o período de estiagem tende a terminar, mas de qualquer forma o equipamento que foi adquirido servirá para outras ocasiões também”, justifica.
Parte das compras feitas pela Secretaria de Segurança Pública é custeada pelo próprio Fundo do Corpo de Bombeiros, de acordo com Gardini. A conta é fomentada por autuações ambientais e verbas destinadas pela Justiça.
As ações locais de combate a incêndios foram discutidas na Câmara Municipal por políticos, Corpo de Bombeiros, representantes do Executivo, promotores e academia.
Entre as sugestões apresentadas estão a criação de brigada municipal, endurecimento da fiscalização, reestruturação da Defesa Civil, uso de tecnologia e reforço de ações que já estão em andamento.