Natália Oliveira Alves Nogueira, mãe acusada de matar a filha de 1 ano e 10 meses em Leme em 2019, foi condenada a 10 anos, 9 meses e 22 dias de prisão, em júri realizado ontem (8), no fórum local.
Segundo a defesa da ré, os jurados reconheceram “participação de menor importância”, mas impuseram majoração da pena por tortura em crime contra a bebê Lorena Capelli.
Natália poderá recorrer em liberdade, embora a juíza tenha reconhecido a “continuidade delitiva” da ré.
A Justiça já tinha condenado o padrasto da criança a quase 50 anos de prisão pelo crime.
O crime foi descoberto após exame do Instituto Médico Legal constatar que a criança fora vítima de agressão. Mãe e padrasto foram presos em 2019.
As agressões à criança foram objeto de denúncia por parte da creche onde ela estava matriculada, dois dias antes da morte.
Em depoimento, o padrasto da criança assumiu ter jogado ela em um colchão após dificuldades na alimentação. Ele, contudo, culpou a companheira pela morte da menina.
Mãe reincidente
Natália foi beneficiada pela prisão domiciliar quatro meses depois do crime por estar grávida. Ela voltou a ser presa por ser denunciada por maltratar o bebê recém-nascido.
Ela perdeu a guarda do bebê, mas foi solta pouco tempo depois, mediante a cumprimento de regras, como não deixar a cidade sem aviso prévio e sair de casa durante a madrugada.
Padrasto condenado
Em júri, Luís Felipe Britto foi condenado a 49 anos e 9 meses de prisão, por ser considerado culpado pelo crime. O Tribunal do Júri considerou válidas as qualificadoras meio cruel, motivo torpe, sem possibilidade de defesa da vítima e feminicídio.