A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) continua nesta terça-feira (18) a busca pelo homem de 24 anos que matou a ex-companheira a facadas em São Carlos (SP). Ele não aceitava o fim do relacionamento.
Segundo o delegado Gilberto de Aquino, o caso já está sendo investigado e novas testemunhas devem ser ouvidas ainda hoje. Até o momento, de acordo com informações do Boletim de Ocorrência, foram ouvidas duas pessoas.
“É mais um crime bárbaro onde o machismo impera, onde um homem que não aceita um ponto final no relacionamento acaba matando covardemente uma mulher da forma que ele fez. Dentro do aparelho celular dele há mensagens para a vítima com ameaças de morte”, disse o delegado.
De acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o ex-companheiro tinha uma medida protetiva de urgência, que determina o afastamento e a proibição de manter qualquer tipo de contato com a vítima.
O aparelho celular do autor do feminicídio ficou na cena do crime e foi recolhido pelos policiais. A PM foi até a residência onde ele morava de aluguel, mas ele não foi encontrado.
Ivonilda Silva Santos será velada nesta terça-feira (18), às 15h, e sepultada às 17h no Cemitério Nossa Senhora do Carmo.
Entenda o caso
Ivonilda Silva Santos, de 45 anos, foi morta com oito facadas na noite de segunda-feira (17), em uma residência no bairro Jockey Clube. Ela deixa duas filhas gêmeas de 14 anos.
De acordo com o B.O., a mulher estava em um relacionamento amoroso com o dono da residência e tinha marcado de se encontrar com ele na noite de ontem, momento em que o assassino surgiu e esfaqueou a vítima.
O namorado tentou defender a mulher, mas o homem pegou uma barra de ferro para também agredi-lo. Por conta disso, ele passou a gritar por socorro para seu irmão, que mora no andar de cima. O rapaz fugiu pulando o muro do vizinho.
Pouco tempo depois, uma testemunha afirmou ter visto o autor do feminicidio correndo pela Rua Paraná, próximo a uma lanchonete. No entanto, até o momento ninguém foi preso.
Ivonilda estava com oito ferimentos cortantes, sendo três profundos na região do pescoço, quatro na região superior nas costas e um na região inferior, perto da espinha dorsal.
Segundo a perícia, os locais indicaram que a vítima provavelmente foi surpreendida pelas costas e com alto grau de violência. A arma do crime não foi localizada.