O Dia Mundial do Doador de Sangue é celebrado nesta segunda-feira (14). No Banco de Sangue da Santa Casa de São Carlos (SP), de janeiro até junho deste ano, foram 520 doações que possibilitaram 1.926 transfusões.
O aposentado Dioracy Bernardo, 93 anos, é um desses pacientes. Há um ano, ele tem feito tratamento para o câncer de próstata. Por conta desses cuidados, ele apresentou um quadro de anemia e precisou fazer a transfusão de sangue no Ambulatório Transfusional do Banco de Sangue da Santa Casa.
“Meu tio, até quando tinha idade para doar, foi doador de sangue. E agora, ele precisou receber as doações. Ele ficou aqui no Ambulatório Transfusional para receber duas de sangue. E já está saindo outra pessoa, com outro ânimo. Por isso, é muito importante que as pessoas que podem doar, não deixem de fazer. Com certeza, quem doa sangue, doa vida”, afirma a sobrinha do seu Dioracy, a aposentada Geny Bernardo.
Segurança na coleta e processamento do sangue
Da doação a transfusão para os pacientes que precisam, o sangue percorre um longo caminho dentro do Banco de Sangue para garantir a segurança para quem doa e para quem recebe. O sangue coletado do doador é identificado por sistema de código de barras. Em seguida, as bolsas coletadas são levadas para o Laboratório de Processamento.
No laboratório, o sangue é centrifugado para a separação dos componentes sanguíneos (hemácias, plaquetas e plasma). O sangue coletado passa, então, por testes para a tipagem sanguínea. Amostras dessas bolsas também são submetidas a testes para detectar doença que são transmitidas pelo sangue. Depois desse rigoroso processo de testagem, as bolsas são armazenadas em geladeiras onde ficam disponíveis para serem solicitadas.
Quando um paciente passa por cirurgia e precisa de sangue, esse pedido é solicitado por um sistema informatizado interno da Santa Casa. São feitos testes de compatibilidade antes da liberação das bolsas de sangue para UTIs, Centro Cirúrgico, Pronto-Socorro e Enfermarias.
“Todo sangue coletado é rigorosamente processado e analisado pela equipe do Banco de Sangue, para garantir a segurança do processo de captação das doações e transfusão dos pacientes”, explica a hematologista e médica responsável pelo Banco de Sangue, Andreia Moura de Luca.
A consultora de imagem e estilo, Ingrid Ferrari, é doadora de sangue há 15 anos. E mesmo durante a pandemia, fez questão de doar. “Mesmo com a Covid-19, muitos pacientes precisam de sangue. Então, a gente tem que continuar ajudando”, declara.
O marido dela, o engenheiro civil, Fernando Lavoie, veio doar pela primeira vez. “Minha esposa sempre foi doadora e vem reforçando a importância desse gesto de solidariedade. Tinha receio de doar, mas o sentimento de querer ajudar foi maior. E por isso, estou aqui”, comenta.
Estoque
Nesta segunda-feira (14), o estoque do tipo sanguíneo B negativo é o que está mais crítico. Mas o Banco de Sangue também precisa de doações dos tipos O positivo, A positivo e B positivo.
“Neste Dia Mundial do Doador de Sangue, nós gostaríamos de agradecer cada um dos voluntários que têm dado o sangue pelos nossos pacientes e reforçar a importância desse ato. Esse gesto de solidariedade realmente salva muitas vidas”, declara a hematologista e médica responsável pelo Banco de Sangue, Andreia Moura de Luca.
SERVIÇO:
BANCO DE SANGUE HORÁRIOS PARA DOAÇÕES
Segunda a sexta-feira 8h às 12h
Sábados 8h às 11 h
BANCO DE SANGUE CANAIS PARA AGENDAMENTO
(16) 99104-6748 (WhatsApp) e (16) 3509-1230 (fixo)
De segunda a sexta-feira, das 8h às 15h