Diante do aumento de casos de bebidas adulteradas com metanol em diferentes regiões do país, a startup Fine Instrument Technology (FIT), em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), passou a oferecer análises que identificam a presença da substância em bebidas alcoólicas. O exame, baseado em tecnologia de ressonância magnética nuclear, fornece o resultado em apenas um minuto.
A adulteração com metanol não altera o gosto nem o cheiro das bebidas, o que torna sua detecção um desafio. Normalmente, a confirmação depende de testes laboratoriais demorados. O equipamento instalado em São Carlos representa um avanço significativo no controle de qualidade e na segurança alimentar.
O aparelho utilizado nas análises é semelhante aos equipamentos de ressonância magnética empregados em exames médicos, mas foi adaptado para aplicações industriais e agroalimentares. Ele utiliza campos magnéticos intensos para gerar espectros de alta resolução, permitindo identificar detalhadamente moléculas e compostos, além de detectar pequenas variações químicas que indicam adulterações ou fraudes com alta precisão.
O teste identifica a presença da molécula de metanol a partir de uma amostra colocada em um pequeno tubo de 5 mm de diâmetro, inserido no equipamento para a análise. O processo é rápido, não utiliza reagentes químicos poluentes e não destrói as amostras, diferentemente de outros métodos disponíveis no mercado.
De acordo com órgãos de fiscalização, mais de 127 ocorrências de bebidas adulteradas estão em investigação no país. “Depois das denúncias de bebidas adulteradas, decidimos ajudar a garantir mais segurança ao consumidor”, afirma Silvia Azevedo, diretora de Inovação e Relacionamento da FIT.
O serviço é recomendado especialmente para distribuidores, bares, restaurantes e comerciantes que adquirem bebidas de fornecedores sem rastreabilidade. As análises são realizadas no laboratório do Departamento de Química da UFSCar, onde está instalado o equipamento da FIT. Com uma porção de 50 ml já pode validar se um lote está livre de metanol ou não. Quem tiver interesse pode levar diretamente para o laboratório da UFSCar
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