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CotidianoEspecialista dá dicas de como se livrar de golpes na internet

Especialista dá dicas de como se livrar de golpes na internet

Bandidos usam “1001” meios para conseguir dinheiro e vale de tudo: leilão falso, anúncio de produto que não existe e até usam o temor de cair em golpe para roubar dados

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Golpes têm sido frequentes na região (Foto: Divulgação/Pixabay)
Golpes têm sido frequentes na região (Foto: Divulgação/Pixabay)

Leilões e anúncios falsos, cartões de crédito fraudados, falso gerente de banco. Os golpes são os mais variados e estão frequentes em São Carlos (SP), com milhares de reais indo para as contas de criminosos.

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Não há classe social ou grau educacional que proteja as vítimas. Em dois casos de leilões virtuais falsos denunciados no final do mês passado, as vítimas perderam juntas R$ 33 mil em lances para aquisição de veículos que não existiam.

A advogada Viviane Reginatto, especialista em direito do consumidor, recomenda pesquisar na internet a idoneidade do leiloeiro. Busca por reclamações também são úteis para descobrir problemas envolvendo outros consumidores.

“Jamais você compra um carro que vale R$ 50 mil por R$ 10 mil, R$ 15 mil em um leilão. Então, o primeiro item de suspeita é o valor. Outra coisa é ver no site do leilão na internet se tem aquele cadeado que significa que é um site confiável. Outro é pesquisar antes a casa que está promovendo o leilão. Hoje é muito fácil você consultar a veracidade das coisas pela própria internet”, explica.

As compras pela internet também têm atraído vítimas para outros tipos de golpes, como os dos anúncios falsos. Recentemente, um advogado de Ribeirão Bonito perdeu R$ 3,8 mil ao comprar um videogame em um anúncio falso na internet.

O caso não é isolado e tem feito muitas vítimas em todo o país. Os golpistas aproveitam as facilidades da internet para colocar no ar anúncios em redes sociais ou até mesmo montar lojas online falsas para capturar vítimas.

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Para evitar problemas, a advogada recomenda a mesma cartilha, com o cuidado adicional na hora de pagar. Transferência instantânea, como o PIX, não permite estorno. Então, a preferência deve ser por TED e DOC, meios que permitem a desistência.

“O banco não tem a obrigação de rastrear (o Pix) porque o cliente fez a transferência de livre e espontânea vontade. O ideal é buscar informações de quem está vendendo, comprar em lojas oficiais conhecidas. Não compre no impulso”, adverte.

Em um dos casos, uma professora de 55 anos foi “avisada” por falsos atendentes bancários que seu cartão fora clonado. Foram R$ 28 mil de prejuízo.
A criatividade dos golpistas não tem limites e o próprio temor da vítima em cair em ciladas a faz ser convencida a passar dados de cartões de crédito para os bandidos. No golpe do cartão clonado, a pessoa acaba sendo orientada por uma “central antifraudes” a ligar para o tele atendimento do banco e seguir os procedimentos indicados do outro lado da linha.

“Quando a vítima vai ligar, ela não sabe, mas a linha dela está presa na outra ligação. Então acha que está ligando para o banco e na verdade não está”, explica. Nesta situação, a recomendação da advogada é desligar o telefone e realizar a discagem em outro aparelho, de preferência um celular.

“Banco no Brasil nenhum manda portador para retirar o cartão. Nunca entregue seu cartão, tampouco passe seus dados, digite sua senha”, adverte.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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