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CotidianoGreve na UFSCar: comando grevista decide manter serviços de matrícula, após anunciar parada

Greve na UFSCar: comando grevista decide manter serviços de matrícula, após anunciar parada

Servidores técnico-administrativos querem reposição da inflação; Universidade, MEC e Ministério da Gestão foram procurados, mas não responderam

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ATUALIZADA ÀS 13H38

Funcionários técnico-administrativos da UFSCar estão em greve. Os servidores estão de braços cruzados desde assembleia geral realizada na manhã de segunda-feira (11).

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A paralisação dos serviços deveria afetar a matrícula de novos alunos na universidade, informou o Sintufscar (Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de São Carlos) hoje pela manhã. Mas, uma nova reunião do comando grevista decidiu manter o serviço, além de atividades relacionadas à permanência estudantil.

De acordo com o sindicato, somente estão mantidos os trabalhadores das áreas de atendimento de saúde, trato de animais e os que lidam com a folha de pagamento.

A liberação de grevista para a realização de outros serviços deve ser levada ao comando da greve, informou a representação ao acidade on.

Dados de 2018 mostram que a UFSCar conta com 1.080 servidores técnico-administrativos; a Sintufscar conta 1.200 filiados atualmente.

Pauta grevista

A greve, que afeta outras universidades federais, foi deflagrada após o governo apresentar reajuste de 9%, divididos entre 2025 e 2026, o que seria insuficiente para repor as perdas salariais dos últimos anos, segundo o sindicato.

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O movimento sindical afirma que os servidores técnico-administrativos foram “sacrificados” durante 7 anos de congelamento salarial.

Os servidores também demandam a reposição orçamentária das instituições no mínimo ao patamar de 2015, 30 horas de jornada semanal para todos, “não ao ponto eletrônico”, reposicionamento dos aposentados, reposição dos quadros com concurso público para todos os cargos, chega de terceirizados.

Também são exigidos a deposição dos “reitores interventores”, fim da lista tríplice, com paridade nas eleições para a reitoria.

O que diz a UFSCar?

Em nota, a UFSCar afirmou reconhecer e respeitar o direito de greve de seus servidores e “em consonância com moção de seu Conselho Universitário (ConsUni), manifesta apoio à demanda da categoria de reestruturação da carreira das servidoras e dos servidores Técnico-Administrativos em Educação”.

A administração disse, ainda, que “está e seguirá aberta ao diálogo constante com o comando local de greve, para tratativas e definições referentes ao movimento e às necessidades institucionais”.

O que diz o governo federal?

O Ministério da Gestão e Inovação afirmou que reinstalou mesa permanente de negociação com os servidores públicos e fechou acordo de reajuste linear de 9% a todos os funcionários federais, “inclusive para os servidores técnicos administrativos”. O governo federal ainda acertou aumento de 43,9% no auxílio alimentação. “No segundo semestre de 2023, teve início o debate sobre reajuste para o ano de 2024”.

“Como parte desse processo, foram abertas mesas específicas para tratar de algumas carreiras. Somente no âmbito das mesas específicas, nove acordos para reestruturação de carreiras já foram fechados”, afirma o ministério. 

A pasta acrescenta que a recomposição da força de trabalho na Administração Pública Federal é “pauta prioritária” do Ministério da Gestão, que vem atuando dentro do possível e dos limites orçamentários para atender às demandas dos órgãos e entidades do Executivo Federal”.

“A pasta segue aberta ao diálogo com os servidores Técnicos Administrativos e de todas as outras áreas.”

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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