O centro cirúrgico do Hospital Universitário (HU) da UFSCar retoma, nesta semana, as suas atividades. A unidade de cirurgia do HU foi inaugurada em outubro de 2020 e estava em processo de habilitação, com a realização de pequenos procedimentos e ajustes de fluxo junto ao Departamento de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Carlos (SP). Em virtude da pandemia de Covid-19, esse processo foi adiado, mas, a partir de agora, o espaço reiniciará suas atividades.
Os serviços oferecidos foram definidos de acordo com a capacidade operacional do HU-UFSCar e as necessidades da SMS. Em reunião realizada no dia 17 de março, no Conselho Municipal de Saúde de São Carlos, após tramitar pela Procuradoria Geral do Município, foi aprovado o repasse mensal no valor de R$141 mil ao HU, o que viabilizou essa reabertura e a realização de cirurgias eletivas.
Renata Elizabete Pagotti da Fonseca, chefe da Unidade de Cirurgia, explica que, nos meses de maio e junho, serão realizadas cirurgias de pequeno porte que requeiram apenas anestesia local e algumas com anestesia local mais a sedação, nas especialidades de Cirurgia Geral e Urologia. “Espera-se que, a partir de julho, possamos fazer cirurgias de médio porte com raquianestesia nas especialidades de Cirurgia Geral, Vascular, Ginecologia e Obstetrícia e Urologia”, afirmou Fonseca.
Nesses meses iniciais (maio e junho), a previsão é realizar 20 cirurgias semanais e, a partir de julho, esse volume sobe para 30 procedimentos por semana. Nesse momento, serão realizadas no HU cirurgias eletivas ambulatoriais e não será realizado nenhum procedimento cirúrgico de pacientes pediátricos.
De acordo com Renata da Fonseca, o retorno das atividades da Unidade de Cirurgia do Hospital colabora com o atendimento de pacientes que aguardam por procedimentos cirúrgicos em fila de espera. “Só no HU temos 280 pacientes que foram encaminhados pela rede básica com indicação de cirurgia, passaram pela nossa equipe de cirurgiões e aguardam pelo procedimento”, relata.
É importante ressaltar que a realização dessas cirurgias não terá impacto no atendimento dos casos de Covid-19, em virtude do uso de anestésicos, pois a retomada das atividades será com procedimentos que necessitam apenas de anestesia local. “A partir de julho, espera-se um volume maior cirurgias que precisem de uma quantidade maior de anestésicos e sedação e, até lá, novas avaliações serão realizadas pela gestão do Hospital”, conclui Fonseca.