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CotidianoIBGE: Mulheres pretas e pardas gastam mais tempo com afazeres domésticos e cuidados com pessoas

IBGE: Mulheres pretas e pardas gastam mais tempo com afazeres domésticos e cuidados com pessoas

Dados são parte do estudo Estatísticas do Gênero, divulgado hoje (8) pelo IBGE, por ocasião do Dia Internacional da Mulher

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As desigualdades na educação, no mercado de trabalho, na renda e na representatividade política afeta mais mulheres pretas e pardas do que brancas.

Elas dedicam mais tempo a afazeres domésticos e cuidados de pessoas, têm menor taxa de participação no mercado de trabalho e menor percentual entre as ocupantes de cargos políticos. Ainda, mulheres pretas a pardas são a maior parte das vítimas de homicídios contra mulheres fora do domicílio e maior percentual em situação de pobreza.

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Os dados são parte do estudo Estatísticas do Gênero, divulgado hoje (8) pelo IBGE, por ocasião do Dia Internacional da Mulher.

O levantamento mostra que mulheres pretas e pardas gastam, na média, 21,8 horas semanais em afazeres domésticos e cuidados de pessoas, ante 20,8 horas de mulheres brancas. A diferença de gênero é um verdadeiro abismo, com os homes pretos e pardos (17,3h) e brancos (17h) se envolvendo menos nestas tarefas. Os números se referem ao Estado de São Paulo.

De acordo com o IBGE, os dados são importantes porque estão relacionados à inserção das mulheres no mercado de trabalho. Ainda que sejam mais da metade das pessoas em idade de trabalhar, a taxa de participação delas na força de trabalho foi de 53,3%, enquanto a dos homens era de 73,2%, o que representa uma diferença de 19,9 pontos percentuais (p.p.).

“Há uma relação dessa diferença com o fato de as mulheres se dedicarem mais às tarefas de cuidados e afazeres domésticos. Isso impede que elas participem mais do mercado de trabalho”, explica André Simões, analista do estudo.

Cerca de 23,0% das mulheres de 15 a 24 anos não estavam em treinamento, ocupadas ou buscando trabalho. A proporção era maior entre pretas ou pardas: 26,6%. Já no total de homens da mesma faixa etária, esse número era de 14,6%.

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“As mulheres pretas ou pardas são as que menos participam do mercado de trabalho, as que mais estão dedicando horas a cuidados e afazeres domésticos e, por outros indicadores, vemos que são as que têm piores formas de inserção em termos de remuneração e qualidade de postos de trabalho”, analisa a coordenadora geral Barbara Cobo.

De acordo com os pesquisadores, o tempo de dedicação das mulheres aos trabalhos domésticos não remunerados também influencia a jornada de trabalho cumprida por elas. Em 2022, 28,0% das mulheres ocupadas trabalhavam em tempo parcial (até 30 horas semanais), enquanto essa proporção era de 14,4% entre os homens. O percentual era ainda maior entre as mulheres do Norte (36,9%) e do Nordeste (36,5%), além das pretas ou pardas (30,9%) quando comparadas às brancas (24,9%). A taxa de desocupação do total da população feminina (11,8%) também era maior que a dos homens (7,9%).

Outro dado ligado às características de inserção no mercado de trabalho é a maior taxa de informalidade delas (39,6%) em relação aos homens (37,6%). Esse tipo de ocupação, caracterizado pelo menor acesso aos direitos trabalhistas, também era mais presente entre pretos ou pardos do que entre a população branca. A diferença entre a taxa de informalidade das mulheres pretas ou pardas (45,4%) e dos homens brancos (30,7%) chegou a quase 15 p.p.

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