O filósofo são-carlense José Arthur Giannotti morreu nesta terça-feira (27), aos 91 anos, em São Paulo (SP).
Giannotti era professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da Universidade de São Paulo, onde chegou a dirigir o Departamento de Filosofia. Um dos maiores nomes do pensamento brasileiro, era pesquisador no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).
A morte de Giannotti foi confirmada pelo Cebrap em nota.
“É com imensa tristeza que o Cebrap recebe a notícia do falecimento de um de seus fundadores, o professor José Arthur Giannotti. Aos familiares e amigos que tiveram o privilégio de conviver com Giannotti, um dos maiores intelectuais brasileiros, nossas sinceras e fraternas condolências.”
Nascido em São Carlos, em 1930, Giannotti recebeu uma série de títulos e prêmios, entre eles, o Prêmio Anísio Teixeira (2001), do Ministério da Educação, e o Prêmio Fábio Prado, da Sociedade Brasileira de Escritores (1961). Professor titular da USP, foi nomeado professor emérito em 1998.
Doutor em filosofia pela USP, era pós-doutor pela Université de Paris XI e livre-docente pela USP. Tem especialização de filosofia na Universidade de Yale e na Universidade de Columbia.
Conhecedor do marxismo, sua obra é fundamental para conhecer essa corrente de pensamento. Entre oslivros publicados estão: Marx vida e obra (L&PM, 2000); Certa herança marxista (Cia. das Letras, 2000); Apresentação do mundo considerações sobre o pensamento de Ludwig Wittgenstein (Cia. das Letras, 1995); Trabalho e reflexão (Brasiliense, 1983); Exercícios de filosofia (Brasiliense, 1977) e Origens da dialética do trabalho (L&PM, 1966). (Fonte: Instituto DNA Brasil).