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CotidianoJustiça nega habeas corpus à filha de Belchior e a outros acusados de matar metalúrgico

Justiça nega habeas corpus à filha de Belchior e a outros acusados de matar metalúrgico

Defesa pediu soltura de Isabella Belchior e outros dois acusados de matarem Leizer Buchwieser. Crime ocorreu em 2019, no Jardim Tangará, em São Carlos.

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Filha do cantor Belchior e a namorada no dia em que foram presas. Foto: Arquivo/ CBN São Carlos

 

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A 3º Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de três pessoas acusadas de matar o metalúrgico Leizer Buchwieser dos Santos. Decisão foi publicada no dia 30 de agosto. 
Uma das rés no processo é Isabella Meneguelli Garcia Belchior, filha do cantor Belchior, e que teria cometido o crime junto com Jaqueline Priscila Dornelas Chaves e Estéfano Rodrigues. O caso ocorreu em agosto de 2019, no Jardim Tangará.
Segundo a decisão, o defensor público responsável pela defesa dos réus pediu a soltura imediata do trio e a substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar.
No entanto, o desembargador Jayme Walmer de Freitas, relator do processo, argumentou que há “prova de materialidade e indícios suficientes de autoria a justificar a manutenção dos pacientes na prisão. Até porque os requisitos da prisão preventiva se fazem presentes e a segregação significa a salvaguarda da ordem pública, razão pela qual não há se falar, neste momento, em liberdade provisória, ainda que com aplicação das medidas cautelares diversas”, consta na decisão.
O crime
Na época do crime, o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Gilberto de Aquino, relatou que a vítima saiu para trabalhar no dia 26 de agosto de 2019 e não foi mais vista. Por conta disso, a família dele registrou o desaparecimento na Polícia Civil no dia 30 de agosto.
No mesmo dia, poucas horas após o registro, a polícia acabou localizando o veículo de Leizer, que havia sido incinerado na área rural da cidade.
O corpo da vítima foi encontrado por um sitiante em uma mata na região conhecida como Babilônia, no dia 1º de setembro. 
 
Leizer Buchwiser dos Santos foi encontrado morto em uma mata em 1º de setembro. Foto: Arquivo Pessoal

Investigação
Ainda segundo o delegado, os comentários de alguns conhecidos da vítima nas notícias sobre a morte dele levantaram suspeitas. “Diziam que foi tarde, que canalha morre dessa forma. Algumas palavras que acabavam manchando a imagem do falecido. “
Em seguida, os policiais investigaram as pessoas que postaram essas mensagens e descobriram que Leizer costumava marcar programas sexuais pelas redes sociais. “A partir disso, nós ouvimos umas pessoas que falavam o seguinte: que quando ele marcava esses programas sexuais, ele acabava conversando com a contratada e perguntava se ela tinha filhos ou crianças, de preferência criança. E ele pagava a mais se ela levasse crianças para participar do ato sexual”, explicou Aquino. 
 
Delegado Gilberto de Aquino. Foto: ACidade ON São Carlos
Delegado Gilberto de Aquino. Foto: ACidade ON São Carlos

Durante essa investigação, o delegado contou que acabou descobrindo que uma moça havia feito contato com Leizer no dia do crime e teria marcado um encontro por R$ 500. “Ela disse que tinha uma criança, que seria filha dela. E ela acabou ‘emprestando’ uma criança. Falou para a cunhada dela, que nada sabia do fato, que levaria a criança, de 3 anos, para comer lanche no MC Donalds. Ela levou a criança para o encontro. A mãe da criança, que não sabia desse fato, pensou que a cunhada, que é tia da criança, iria levá-la para comer o lanche. “
Após marcar o programa, a mulher contou para o irmão dela, que é o pai da criança, mas não convive com a mãe. Além disso, também chamou um outro irmão e a namorada dela para participarem do encontro com Leizer. “A vítima, que é o Leizer, foi até a casa no Tangará, na Rua Carlos Marra. Ela estava esperando junto com a namorada e a criança. Elas se apoderaram do dinheiro e começaram a chamar ele de safado e outros adjetivos. Ele se rebelou e acabou agredindo uma delas. Houve interferência dos demais e eles acabaram desferindo golpes de faca contra o Leizer”, explicou Aquino.
Após matar a vítima, elas levaram a criança até a casa da mãe, onde a convidaram para ir comprar combustível.
Na sequência, deixaram a mãe e a criança em casa e depois se livraram do carro e do corpo. 
 
Leia mais sobre o caso:  
 

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