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CotidianoMortalidade infantil tem aumento em São Carlos em 2020

Mortalidade infantil tem aumento em São Carlos em 2020

Apesar de aumento, município tem situação melhor do que a média do Estado de São Paulo, segundo a Fundação Seade

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Mortalidade infantil teve aumento em 2020 em São Carlos. (Foto: Shutterstock)
Mortalidade infantil teve aumento em 2020 em São Carlos. (Foto: Shutterstock)

São Carlos (SP) teve aumento da mortalidade infantil em 2020, afirma a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Ainda assim, se manteve abaixo das 10 mortes para cada 1.000 crianças nascidas vivas, de acordo com o órgão. A atualização foi lançada na quarta-feira (10).

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A taxa de mortalidade do município ficou em 7,03 mortes para cada mil nascidos vivos, aumento de 21,4% sobre o índice de 2019, quando a cidade teve taxa de 5,79. A taxa local está abaixo da média do Estado de São Paulo (9,75).

A fundação estatística apontou que o município teve 21 mortes de crianças menores de um ano. Dos óbitos, 8 vitimaram bebês com até seis dias, 5 com tempo de vida entre sete e 27 dias e 8 entre 28 e 364 dias. São Carlos contou 2.986 nascidos vivos em 2020.

Nas últimas décadas, a mortalidade infantil tem variado entre 5,76 (o menor valor da série histórica, registrado em 2002) e 12,64 (maior valor, calculado em 2014). Apesar do aumento em 2020, os números do ano passado o colocam ainda dentro dos de menor mortalidade desde 2015.

Para o médico sanitarista Rodolpho Telarolli Jr, a mortalidade infantil está intimamente ligada à assistência ao parto.

“É um indicador muito bom e preciso das condições da assistência pré-natal que as gestantes recebem, da assistência oferecida às gestantes no período de parto e das condições sociais, de saúde, de alimentação, saneamento, as condições socioeconômicas das famílias no restante do primeiro ano de vida destas crianças”, avalia.

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A redução da mortalidade infantil é fruto da melhor qualidade de vida da população nas últimas décadas, em que pese a atual situação econômica nacional. Os avanços da medicina tiveram peso importante na redução, principalmente ao dar maior sobrevida para bebês que antes morriam com poucos dias de vida.

“Nas mortes entre 28 dias e um ano, há, normalmente, associação com as condições socioeconômicas, como acesso à saúde, hospitalar, água encanada, problemas contornados na nossa realidade e região. Na década de 1970, as crianças morriam de diarreia até um ano de idade”, afirma.

Entre os municípios vizinhos, Dourado é o que tem maior mortalidade infantil, com índice em 27,40 mortes para cada mil nascidos vivos. Na sequência, Itirapina (12,9), Ibaté (10,25), Ribeirão Bonito (7,75), Brotas (7,19) e Descalvado (2,82). Sem mortes, Analândia teve zero mortalidade no ano passado.

Situação da DRS
Com índice em 9,12 mortes para cada mil nascidos vivos, o Departamento Regional de Saúde (DRS-3), distrito sanitário que abrange 24 municípios, entre eles São Carlos e Araraquara, está entre os quatro com menores taxas de mortalidade infantil em São Paulo. São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Campinas são os com mais baixas proporções de óbitos de bebês com menos de um ano.

A região contou 103 óbitos entre 11.288 nascidos vivos em 2020. Os municípios da DRS que mais tiveram mortes de bebês com menos de um ano são Araraquara (23), São Carlos (21), Porto Ferreira (11), Ibitinga (7) e Matão (7).

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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