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CotidianoMotoboys paralisam entregas por aplicativos em manifestação em São Carlos

Motoboys paralisam entregas por aplicativos em manifestação em São Carlos

Greve acontece nesta segunda-feira (11) e terça-feira (12); entre as reivindicações estão aumento de taxas, fim da rota dupla e valorização dos profissionais

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Motoboys que realizam entregas por aplicativo resolveram paralisar as atividades nesta segunda (11) e terça-feira (12) em São Carlos (SP), em manifestação pedindo pela valorização dos profissionais.
Por volta das 9h30, cerca de 100 motoboys se reuniram na região do Terminal Rodoviário para anunciar a greve contra os aplicativos Ifood, Uber Eats, Juma Entregas e Otto. A expectativa, segundo a organização do ato, é adesão de 300 a 500 profissionais nos dois dias.
“A gente vai deixar os aplicativos fechados e vamos comunicar as plataformas de entrega avisando que estamos em paralisação. Vamos dar uma volta na cidade fazendo nossa manifestação, e em alguns pontos fixos de locais que saem mais pedidos”, explicou Cristian Nascimento.
Além de respeito à profissão, eles reivindicam: aumento de taxa por quilômetro, aumento de taxa mínima, código de entrega, fim da rota dupla e ser acionado apenas quando o pedido estiver pronto.
“A grande maioria dos motoboys é de aplicativo, então estamos reivindicando algumas coisas. Como o Brasil está em um momento difícil, aumento de muitas coisas, e não aumentaram nossas taxas, a gente precisa desse aumento também para sustento próprio”, concluiu. 
O motoboy Walace, de 39 anos, está na profissão há pouco mais de dois anos e reforça que quer mais valorização dos aplicativos de entrega, que eles consigam enxergar que os profissionais não estão felizes com a atual situação.
“Estamos nas ruas do início da manhã até o final da noite, muitas das vezes não vemos nossas famílias, e da forma que está não temos mais como prosseguir porque tudo sobe, a gasolina sobe, está difícil a situação do nosso país, e as nossas taxas só diminuindo”, comentou. 

Outro lado

A reportagem do ACidade ON São Carlos entrou em contato com os representantes dos aplicativos Uber Eats, Juma Entregas e Otto, que se manifestaram sobre os protestos. Confira as respostas na íntegra:  

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Otto

“Por sermos uma empresa criada e administrada por motoboys já praticamos tais reivindicações: nossas taxas são as mais justas do mercado; os estabelecimentos só chamam na nossa plataforma com pedidos prontos, se estiverem longes não são obrigados a buscar o pedido. Pois chamamos os mais próximos. Nossa relação de trabalho, apesar de ser aplicativo, é totalmente diferente do Ifood, pois ele é marketplace. E nós apenas de entregas”.  

Juma 

“Somos um aplicativo criado para delivery e usado por motoboys. Nossa relação de trabalho é bem diferente, pois nosso suporte é imediato e os motoboys consegue falar com o suporte pelo WhatsApp ou pela plataforma das 07h00 até as 00h00. Nós já praticamente algumas reivindicações.
Nossa tabela é por KM e já estamos usando valores atualizados para os novos cadastros. As entregas adicionadas em rota o motoboy recebe por ela.
O pedidos só são liberados quando estão prontos, para evitar que o motoboy fique esperando, mas imprevisto acontecem e quando ocorre eles tem a liberdade de chamar na plataforma e solicitar que o responsável entre em contato com o estabelecimento para dar mais atenção”.  

Amobitec (representando a empresa Uber Eats) 

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“As empresas associadas à Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia) estão abertas ao diálogo e trabalham para ajudar os motoristas e entregadores parceiros na geração de ganhos e na redução de custos. Entre as medidas adotadas pelas empresas para auxiliar os parceiros a reduzirem gastos, estão convênios com redes de postos de combustível que oferecem desconto no abastecimento dos veículos, além de parcerias com empresas para oferecer preços especiais em peças, acessórios e manutenção. A Amobitec permanece atenta à realidade dos diversos perfis de entregadores parceiros para aprimorar a experiência de todos nas plataformas, sempre em busca do equilíbrio entre as necessidades de entregadores, restaurantes e usuários”.  

O Ifood também foi procurado, mas não havia respondido até a publicação da reportagem. 

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