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São CarlosCotidianoNo coração da cidade, negócio mantém viva a tradição de fazer sapatos à mão

No coração da cidade, negócio mantém viva a tradição de fazer sapatos à mão

Estabelecimento do Centro ainda faz alguns modelos, principalmente botas — conhecidas pela durabilidade e por serem daqueles produtos feitos de couro de verdade, que duram uma vida

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No coração da cidade, um negócio de décadas mantém a tradição de fazer sapatos à mão — ofício que, certamente, atualmente poucos têm o conhecimento de desempenhar em São Carlos.

É a Sapataria Paravani, localizada na rua Jesuíno de Arruda, que está em atividade há quase 50 anos — e há mais décadas ainda, se considerada a geração anterior.

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Nas mãos de dois Joões — João Paravani, em um primeiro momento, e João José Paravani, filho, em um segundo — o negócio floresceu, com ao menos duas gerações sustentadas pelo ofício de fazer e consertar sapatos.

João José Paravani usando equipamento (Foto: Arquivo pessoal, com melhoramentos via IA)

Atualmente, a sapataria está nas mãos de Rose Paravani, viúva de João José, que mantém a tradição ao lado do sapateiro Leonardo Moreira, que aprendeu o ofício com o marido dela há 20 anos.

Rose e o marido criaram os dois filhos com a renda obtida no negócio. Ela trabalhava fora, deu uma pausa para cuidar das crianças e aderiu à sapataria para ajudar o marido no atendimento, após os filhos crescerem.

Ela relembra os tempos de alto movimento, quando a clientela ia à sapataria encomendar modelos feitos à mão. Clientes exigentes — noivas, madrinhas de casamento, por exemplo.

“Ele me contou uma vez que uma funcionária de uma faculdade de Direito tinha uma sandália de amarrar na perna. Uma outra moça veio aqui para ele fazer uma igual. As meninas gostaram, e foi uma coisa que explodiu na época”, relembra.

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João José Paravani fazendo um sapato (Foto: Arquivo Pessoal, com melhoramentos de IA)

Com o passar dos anos, os sapatos feitos artesanalmente viraram produtos de nicho. A sapataria do Centro ainda faz alguns modelos, principalmente botas — conhecidas pela durabilidade e por serem daqueles produtos feitos de couro de verdade, que duram uma vida.

Mas o cerne do negócio atualmente está nos consertos e adaptações. Botas, scarpins, sapatos sociais cujas solas se desgastaram pintam no balcão para ganhar uma sobrevida. Produtos de alta qualidade — e de marca — ganham várias reencarnações nas mãos do sapateiro Leonardo.

E o costume de arrumar sapatos tem chegado às novas gerações. Tênis caros, “de etiqueta cara”, são levados por jovens para o serviço de vulcanização — processo que une a sola de borracha ao cabedal.

“Tem cliente que vem com sacolas com vários sapatos para arrumar. Tem dono de fazenda que vem aqui trocar a sola daquelas botas caras. Até sapatos novos são trazidos para ganhar antiderrapante”, conta Rose.

Sobre o futuro, a dona da sapataria conta que pensa em descansar um pouco.

“Eu gosto daqui, mas eu também tenho que parar um pouco, sabe? Eu pretendo dar uma descansada”, revela.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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