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CotidianoNovo corte do MEC é "devastador", afirma reitora da UFSCar

Novo corte do MEC é “devastador”, afirma reitora da UFSCar

Segundo a gestora da universidade, a instituição já trabalhava com déficit de R$ 14 mi neste ano e deverá rever ações para fazer caber o novo congelamento, que pode chegar a R$ 10 mi

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Campus da UFSCar em São Carlos Foto: Gabrielle Chagas/G1

O congelamento bilionário no Ministério da Educação nos repasses às universidades pode ter efeito devastador nas atividades da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A opinião é da reitora Ana Beatriz de Oliveira.

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Segundo a gestora da universidade, a instituição já trabalhava com déficit de R$ 14 milhões neste ano e deverá rever ações para fazer caber o novo congelamento, que pode chegar a R$ 10 milhões.

“Nossa equipe está trabalhando para ver a melhor alocação deste bloqueio, mas é um fato devastador. Tínhamos um déficit de R$ 14 milhões, mais esses R$ 10 milhões devem inviabilizar as atividades da universidade”, comentou.

De acordo com a reitora, a limitação de orçamento impactou na forma que a universidade se preparou para o recebimento dos alunos nas atividades 100% presenciais. Nesta segunda-feira (30), mais de 20 mil pessoas da comunidade, entre estudantes, professores e funcionários, retomaram a atividades no campus.

Reformas estruturais, por exemplo, foram deixadas de lado para poupar recursos do orçamento. O atual corte federal afeta o custeio da universidade. Em médio prazo, a tendência, segundo Ana Beatriz, é a manutenção de prédios e equipamentos ser reduzida a ponto de precarizar as atividades, inclusive as de pesquisa. Na outra ponta, revela a reitora, há o enxugamento de recursos de financiamento de pesquisas e bolsas, o que impacta diretamente na produtividade na geração de conhecimento.

“Em uma visita rápida em nossos campi é possível ver deterioração dos nossos prédios, o que não temos conseguido manter em função do corte de recursos”, lamenta.

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Cortes em sequência
Ano após ano a universidade tem a capacidade de investimentos minguada à medida em que os repasses de recursos federais são cortados pelo governo. Somente neste ano, a UFSCar teria R$ 10,8 milhões a mais caso a gestão Bolsonaro tivesse reajustado via inflação o Orçamento de 2021.

Os cortes e bloqueios não são exclusividades da atual gestão federal. Desde 2013, pelo menos, a Federal de São Carlos tem enfrentado reduções orçamentárias. Naquele ano, a instituição recebeu R$ 144,1 milhões da União (R$ 245,9 milhões em valores atuais). Neste ano estavam previstos R$ 51,4 milhões.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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