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CotidianoParcialmente interditado, Palacete Conde do Pinhal é alvo de inspeções

Parcialmente interditado, Palacete Conde do Pinhal é alvo de inspeções

Em estado “inadmissível” na opinião de vereador, prédio terá telhado reparado e ganhará projeto de restauro, responde secretária da Educação

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Palacete Conde do Pinhal sofre com vazamento e infiltrações. (Foto: ACidade ON São Carlos)

Alvo de denúncias de parlamentar por falta de manutenção e infiltrações que podem leva abaixo o assoalho do primeiro andar, o Palacete Conde do Pinhal foi alvo de inspeções nesta quarta-feira (4). O prédio abriga o Centro de Formação dos Profissionais da Educação (Cepfe).

Defesa Civil, vereadores, Fundação Pró-Memória e a secretária da Educação, Wanda Hoffmann estiveram no prédio para avaliar as atuais condições e discutiram possibilidades de recuperação e restauro da ala leste do edifício. Áreas da construção estão interditadas pela Defesa Civil.

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O local conta vazamentos no telhado na ala leste, o que causa intensa infiltração nos dois pavimentos da edificação. Em dois andares, o forro se desprendeu. A água ainda enfraqueceu o assoalho do primeiro andar, o que impede a sua ocupação.

De acordo com a titular da pasta da Educação, de forma emergencial e paliativa serão feitos reparos no telhado do prédio, para evitar que a situação piore. Em um segundo momento, a Educação vai trabalhar na contratação de projeto e, mais tarde, buscar recursos para restaurar o prédio tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) em 1978. 

“Vamos com o nosso recurso, da Prefeitura, acertar o telhado. Falei para o (Pedro) Caballero: arrumando esse telhado podemos impermeabilizar todo o entorno. A nossa engenheira deu a explicação para não estragar tudo isso aqui. Depois vamos buscar recursos maiores por que restauro é caro”, afirma.

Presentes no encontro, o presidente da Câmara, o vereador Roselei Françoso (MDB), e Marquinho Amaral (PSDB) afirmaram que buscarão recursos em Brasília para auxiliar na recuperação do prédio. O tucano avaliou a situação do palacete.

“É inadmissível que um prédio histórico, que faz parte da fundação e da história de São Carlos que já abrigou a primeira Câmara Municipal, várias gestões de prefeitos, a própria Secretaria da Educação esteja neste total abandono”, opina.

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Pelo menos desde 2019, a Defesa Civil aponta para problemas no prédio que inviabilizariam a sua ocupação total. Entre os pontos elencados, estão reparos na estrutura de madeira do telhado no setor leste e limpeza de calhas, consertos no piso de madeira e no forro de gesso, além de escada de madeira, em portas e janelas, pintura de paredes. Há também orientação para verificação de estrutura e correção de trincas nas paredes.

“Possivelmente teremos chuvas fortes no final deste ano ainda e é muito importante o reparo da estrutura de madeira do telhado, verificação de toda a cobertura e calhas”, comenta.

Para a arquiteta da Fundação Pró-Memória, Mariana Lucchino por se tratar de um prédio antigo, com métodos construtivos de época, a restauração é um processo de alto custo e grande especialização.

“É do início do século XX e ele é de alvenaria, mas os tijolos e argamassa eram barro mesmo. Toda essa parte de decoração, todas as paredes têm pinturas decorativas, o madeiramento é de madeira de lei e hoje não existe mais para ser aplicado em construção, pintura no teto, forro de madeira, então é um trabalho bem delicado e que necessita de mão-de-obra especializada”, explica.
 

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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