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CotidianoPesquisa da UFSCar aponta que 43,9% dos jovens tendem a ingressar em carreira militar

Pesquisa da UFSCar aponta que 43,9% dos jovens tendem a ingressar em carreira militar

O estudo em parceria com a Universidade de Oxford e outras duas instituições federais revela que a tendência se deve à falta de oportunidades de emprego

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Pesquisa da UFSCar aponta que 43,9% dos jovens tendem a ingressar em carreira militar. (Foto: Governo do Estado de SP)
Pesquisa da UFSCar aponta que 43,9% dos jovens tendem a ingressar em carreira militar. (Foto: Governo do Estado de SP)

Uma pesquisa, integrada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), revelou que cerca de 43,9% dos jovens brasileiros pretendem ou cogitam ingressar em carreiras militares. 

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O estudo, que é fruto de uma parceria com a Universidade de Oxford, a Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), aponta que a principal razão para essa tendência se deve à falta de oportunidades de emprego no mercado de trabalho tradicional. 

O levantamento foi realizado entre outubro e novembro de 2021 e ouviu 2.055 jovens, de 16 a 26 anos, de todas as regiões do Brasil, por meio de um questionário online. 

Deste total, 67,3% responderam que consideram a oferta de emprego em suas respectivas cidades e regiões como baixa, muito baixa ou nula, revelando a dificuldade de ingresso no mercado de trabalho enfrentada pelos mais jovens. 

Os dados são ainda mais alarmantes em determinadas regiões, visto que o percentual de jovens que consideram a oferta de emprego muito baixa no nordeste do país sobe para 75,9%.  

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Assim, o estudo mostrou que muitos jovens brasileiros encontram na carreira militar uma alternativa ao desemprego ou a empregos de baixa remuneração. 
 
“De todas as condicionantes que poderiam explicar o interesse nas carreiras militares – como fatores ideológicos, questões materiais concretas, geracionais, gênero, raça, classe -, os resultados mostram claramente que a tendência a este interesse cresce conforme aumenta a vulnerabilidade dos jovens”, afirmou Gabriel Feltran, pesquisador e docente do Departamento de Sociologia da UFSCar.

O estudo foi desenvolvido com base em um levantamento acerca da ocupação de cargos políticos por militares ou egressos da carreira militar, o qual apontou um salto de 14 para 76 no número de deputados e senadores eleitos que são ligados ao militarismo, entre 2018 e 2020. 

Esse cenário representa um aumento de 442% no número de deputados e senadores eleitos que desempenham funções militares ou que são egressos da carreira durante os dois primeiros anos da gestão de Jair Bolsonaro (PL).
  
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