Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), campus de Pirassununga, desenvolveram uma cerca virtual que ajuda no monitoramento do comportamento do gado no campo e transmite informações sobre os animais em tempo real para produtores rurais.
A ideia foi criada a partir de um conceito conhecido como cerca virtual. Primeiro, o produtor demarca pelo computador uma área à distância, e se qualquer animal ultrapassar o limite definido, a imagem muda de cor e uma mensagem aponta a identificação do animal que saiu do espaço.
“Essa cerca virtual permite ao produtor saber se o animal está dentro daquele perímetro, se ele sair pode ser fuga, roubo ou furto, o produtor tem informação em tempo real e vai saber a posição atual do animal, e também podem ser analisados outros parâmetros, inclusive a detecção de problemas de saúde”, explicou o pesquisador Carlos Marinceck.
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Para ser rastreado, cada animal recebe um dispositivo que funciona com energia solar. Por satélite, é possível identificar onde o animal está e por rádio frequência o aparelho encaminha a localização para outro dispositivo. Os dados são enviados para um computador ou celular por WiFi.
“Ele não depende de internet para a comunicação, ele utiliza outra tecnologia que permite distâncias maiores e que não tenha um consumo tão grande para funcionar”, explicou a professora e doutora da Faculdade de Zootecnia da USP, Ana Carolina Silva.
Desafios
Para Marinceck, para trabalhar em áreas extensivas a energia precisa ser autossuficiente. “A gente teve um trabalho muito grande em desenvolver um sistema de energia solar fotovoltaica para alimentar de uma forma contínua e autônoma todos os dispositivos que estão dentro do nosso sensor”, comentou Marinceck.
Agora, os objetivos dos pesquisadores são aprimorar a tecnologia para que ela ultrapasse a distância entre o campo e o escritório, resista às condições climáticas e tenha um bom alcance do sinal de celular e de internet.
“Para que a gente tenha um sensor que funcione adequadamente no campo ele precisa incomodar minimamente o animal, gastar pouca energia, ter autonomia em longas distâncias para essa comunicação”, disse a professora.
*Com informações da EPTV Central.
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