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CotidianoPesquisadores de São Carlos descobrem compostos que inativam a Covid

Pesquisadores de São Carlos descobrem compostos que inativam a Covid

Os compostos podem abrir caminho para o desenvolvimento de medicamentos eficazes contra o Sars-CoV-2, de acordo com o pesquisador André Godoy

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Compostos foram desenvolvidos no IFSC. (Foto: Instituto de Física de São Carlos)

Um grupo de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da USP, descobriram cinco moléculas que conseguem anular a principal proteína do novo coronavírus.

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Os compostos podem abrir caminho para o desenvolvimento de medicamentos eficazes contra o Sars-CoV-2, de acordo com o pesquisador André Godoy.

“Já passaram pelos testes e temos os resultados publicados. São moléculas pequenas, menores do que um fármaco. O intuito é usar a informação de onde elas se ligam (no vírus) para tentar planejar um composto que possa ser utilizado como medicamento”, afirma.

Uma das principais etapas do desenvolvimento foi cumprida no acelerador de partículas Sirius, em Campinas. A ideia era descobrir onde e de que forma as moléculas desenvolvidas se ligavam com a proteína Mpro do coronavírus. “É um nível de detalhe que precisa de um equipamento como o síncroton”.

O grupo de cientista é liderado pelo pesquisador Glaucius Oliva, do IFSC/USP. Em colaboração com profissionais de outros campos do conhecimento, a busca agora é trilhar um caminho que leve a um medicamento que seja eficaz ao mesmo tempo em que não tenha grandes efeitos colaterais no organismo.

“É a parte do desenvolvimento que estamos, com parcerias para que possamos pensar e planejar uma molécula que possa ser absorvida. Vamos testar em modelos mais complexos, como animais e enfim chegar a um novo medicamento”.

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A pesquisa de novos fármacos do Instituto de Física de São Carlos vem de longe e tem focado em doenças negligenciadas, enfermidades que são não só prevalecem em condições de pobreza, mas contribuem para a manutenção do quadro de desigualdade.

Já foram pesquisados diversos microorganismos, como o causador da malária, Trypanossoma cruzi (causador da doença de Chagas). Em 2016, com a pandemia de zika, os cientistas começaram a se debruçar sobre os vírus. Desde então se sucederam a chikungunya e febre amarela.

“A experiência ajudou, mas (o coronavírus) é bastante distinto, é respiratório e não tem nada parecido (com os já pesquisados). Porém, tínhamos a estrutura necessária para produzir as amostras necessárias”, conclui.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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