A Polícia Civil de Itirapina, em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Piracicaba, cumpriram um mandado de prisão preventiva, na quarta-feira (13), contra um empresário investigado por extorsão e divulgação de nudez.
Segundo a investigação, o capturado exigia o pagamento de altas quantias em dinheiro das vítimas para não divulgar conteúdo de nudez de uma delas, e diante do não pagamento, o conteúdo foi divulgado.
Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão foram apreendidos o celular do empresário, dois pen-drives e um Macbook. Ele foi apresentado no DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e recolhido à prisão.
ENTENDA O CRIME
As investigações foram iniciadas pela Polícia Civil de Itirapina, onde as vítimas residem. Segundo o delegado Eusmar Danilo Broetto, foi identificado que o investigado armazenava fotografias das vítimas e as utilizava para ameaçar e pedir dinheiro.
De acordo com o delegado, as ameaças às vítimas eram feitas através de e-mails, ligações e mensagens utilizando diversos celulares e endereços falsos. O homem, inclusive, era conhecido das vítimas.
De acordo com a Polícia Civil, o investigado é uma pessoa da alta sociedade, morador de um condomínio de luxo no município e proprietário de uma academia.
O Código Penal prevê pena de até 5 anos de prisão para o crime de divulgação de nudez e de até 10 para o de extorsão, sendo que as sentenças podem ser majoradas caso fique comprovada a presença de circunstâncias agravantes.
A advogada do empresário, Maria Jamile, emitiu uma nota sobre o caso. “Trata-se de uma grave injustiça que, confiamos, será reparada no curso do processo, no qual ficará comprovada sua inocência”, informou.