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CotidianoRemédios estão em falta no SUS em São Carlos; veja a lista

Remédios estão em falta no SUS em São Carlos; veja a lista

Medicamentos para hipertensão, anemia, entre outras enfermidades têm estoques comprometidos; Ribeirão Bonito também relata falta de 25 compostos

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Medicamentos estão em falta em São Carlos. (Foto: Pixabay)

Quase dez remédios, entre eles, fármacos antibióticos, para tratamento de hipertensão e infecção urinária, estão em falta na rede pública de saúde de São Carlos. Na região, em Ribeirão Bonito, a situação não é diferente, com 25 compostos com estoque comprometido. Confira as listas no fim da reportagem.

Segundo a Secretaria de Saúde de São Carlos, o principal problema no suprimento de medicamentos é do governo do Estado. O Programa Dose Certa vem falhando nas entregas, o que deixa pacientes de medicamentos de uso contínuo “na mão”.

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A Saúde tem tentado estancar o problema com compras próprias, mas todo o mercado está em alta demanda e baixa fornecimento, afirma a secretária de Saúde, Jôra Porfírio. 
 
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“Estamos com uma dificuldade grande no Dose Certa, mas é um problema mundial por conta de uma matéria-prima que não estamos conseguindo. Todos os insumos dependem desse material que pé derivado do iodo. Estamos com dificuldades para exames específicos também não só medicamentos”, explica.

O problema da falta de medicamentos no mercado tem indícios de generalização. Pesquisa do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo revela que 98,5% dos farmacêuticos paulistas trabalham com algum fármaco em falta. O levantamento abrange farmácias públicas, privadas e instituições filantrópicas, como santas casas.

“Muitos você não encontra para comprar. São antibióticos que não se conhece nem em farmácia e na Prefeitura não é diferente. Tem a entrega: você compra, mas aí depende dos fornecedores. Estamos aguardando e eles alegam que têm dificuldades na entrega. Não estamos completamente zerados, mas a dificuldade é muito grande”, completou.

Levantamento da Secretaria de Saúde disponibilizado ao acidade on revela haver falta de medicamentos contra anemia, hipertensão, alergia. Fármacos antibióticos, broncodilatadores e para depressão têm espaços vazios em prateleiras. (Confira a lista no fim da reportagem)

De acordo com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems) listou mais de 40 substâncias em falta. Remédios simples, como dipirona, cetoprofeno e soro fisiológico constituem a maioria das faltas.

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Em Ribeirão Bonito são 25 formulações em falta. Integram a lista remédios para diabetes, ansiolíticos, esquizofrenia, para circulação sanguínea, doença pulmonar obstrutiva crônica, hipertensão e até morfina. (confira lista no fim da reportagem).

Confira os remédios que faltam em São Carlos

Hidróxido de ferro, solução injetável;

Anlodipino, besilato, comprimidos (cpr);

Amoxicilina, 250mg/5ml, suspensão;

Furosemida, 40 mg, cpr;

Loratadina, 10 mg, cpr;

Ibuprofeno, 300 mg, cpr;

Nitrofurantoína, 100 mg, cpr;

Salbutamol, 100 mcg, spray oral;

Sertralina, 50 mg, cpr. 

Confira os remédios que faltam em Ribeirão Bonito

Desvenfalaxina, 50 mg;

Lorazepam, 2 mg;

Dapaglifozina, 10 mg;

Latuda, 20 mg;

Latuda, 40 mg;

Latuda, 80 mg;

Pentoxifilina, 400 mg;

Lisdexanfetamina, 30 mg;

Ultibro;

Kombiglyze XR, 2,5 mg + 1000 mg;

Zolpidem, 10 mg;

Nimesulida, comprimido;

Cefalexina, 250 mg/ml;

Loratadina, 1 mg/ml;

Prednisolona, 3 mg/ml;

Gliclazida, 60 mg;

Eliquis, 2,5 mg;

Eliquis, 5 mg;

Glyxambi, 25/5 mg;

Benicar, 20 mg;

Lixiana, 60 mg;

Morfina, 10 mg;

Morfina, 30 mg;

Entresto, 97/103 mg;

Janumet, 50/1000 mg. 
 
O que diz o governo do Estado

Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde informou que a rede estadual está “abastecida dos medicamentos Morfina 10mg, Morfina 30mg, Dapaglifozina 10 mg, Loratadina 1 mg/ml e Entresto 97/103mg”. 
“Já com relação aos medicamentos Lorazepam 2 mg, Nimesulida comprimido, Ultibro, Benicar 20 mg, Zolpidem 10 mg, Glyxambi 25/5 mg, Janumet 50/1000 mg, Kombiglyze XR 2,5 mg + 1000 mg, Latuda 20 mg, Latuda 40 mg, Latuda 80 mg, Desvenfalaxina 50 mg, Eliquis 2,5 mg, Eliquis 5 mg, Lisdexanfetamina 30 mg e Lixiana 60 mg, a pasta informa que eles não estão padronizados pelo Ministério da Saúde para distribuição na rede pública de saúde, ou seja, são adquiridos apenas sob demanda administrativa/judicial”, afirmou em nota.
“Os itens Cefalexina 250 mg/ml, Gliclazida 60 mg e Prednisolona 3 mg/ml já foram adquiridos e aguardam entrega do fornecedor. Pentoxifilina 400 mg é de responsabilidade de aquisição e distribuição do Ministério da Saúde”, completou.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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