A Santa Casa de São Carlos planeja a construção de um novo prédio para abrigar o Serviço de Nefrologia. Uma reunião marcada para esta terça-feira (24) definiria os últimos acertos do projeto e os meios de financiamento para a obra, que é estimada preliminarmente em R$ 5 milhões.
As atuais instalações do serviço precisam de adequações nas disposições de salas e mudanças arquitetônicas, de acordo com o responsável técnico do Serviço de Nefrologia, o enfermeiro Elio Vieira da Silva Júnior.
Se aprovado pela direção da instituição, um dos pontos a ser definido é o local que abrigaria o novo prédio. A certeza que se tem é que seja contíguo às atuais instalações do hospital.
A ideia é aproveitar as novas instalações para ampliar o serviço de hemodiálise e diálise da Santa Casa. O total de máquinas passaria de 40 para 50, o que garantiria mais conforto para os pacientes.
“Vamos começar o novo projeto. Temos a reunião para ver a captação de recursos, tanto da iniciativa privada quanto do poder público para investir nessa área. Se pegarmos Araraquara como referência, há cerca de 300 pacientes lá. Aqui temos em torno de 220 e com o índice de mortalidade baixo, logo teremos o serviço lotado. É interessante ampliarmos antes que essa sobrecarga aconteça”, relata.
No novo edifício, em espaço físico maior, o trabalho seria otimizado, com todos os funcionários dividindo o mesmo espaço. Há, ainda, a possibilidade de ampliação de serviços.
“Temos a ideia de construir um centro regional de nefrologia. Hoje atendemos pacientes que apenas iniciam a terapia renal substitutiva. A parte pré-dialítica, não fazemos ainda. O que queremos fazer é acompanhar esse paciente”, afirma.
Além da construção de um novo prédio para a Nefrologia, há ainda duas possibilidades na mesa. Ambas são menos custosas, mas com complexidade maior, uma vez que exigem intervenções sem a interrupção do serviço.
Em uma delas, a revitalização do espaço atual com reforma, sem aumento de capacidade, sairia R$ 2,5 milhões. Já a reforma do prédio com aumento do número de máquinas para 50, os custos chegam a R$ 3 milhões.
As mudanças no espaço de hemodiálise urgem. A Vigilância Sanitária de São Carlos aplicou multa de R$ 2,9 mil à Santa Casa. Segundo a Prefeitura, a sanção foi pelo não cumprimento do cronograma de adequações do espaço atual. A instituição culpou as dificuldades enfrentadas na pandemia pelo atraso.
“A Santa Casa recorreu porque nunca recebeu um auto de penalidade com multa para o serviço de hemodiálise. Então a legislação nos permite reverter para que primeiro tenhamos uma advertência por escrito como penalidade e, caso não seja cumprido, a multa”, explica.
