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CotidianoSão Carlos está em alerta com índice de infestação do mosquito da dengue

São Carlos está em alerta com índice de infestação do mosquito da dengue

Município conta 51 casos de dengue desde o começo do ano; maior parte das notificações é de bairros do entorno do Parque do Bicão

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Mosquito Aedes aegypti é o tranmissor da zika, dengue e chikungunya

O nível de infestação do mosquito da dengue está em nível de alerta em São Carlos desde o começo do ano. Com 51 casos da doença, o município trabalha para evitar epidemia vivida na vizinha Araraquara, que soma mais de 800 casos e três mortes.

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Segundo a Vigilância Epidemiológica, foram 252 notificações desde a virada do ano. Dos casos confirmados, apenas 6% são importados, o que mostra a circulação do vírus na cidade, conforme a chefe da Seção de Apoio à Vigilância em Saúde e Informação, Denise Scatoline.

O vírus tem circulado por diversas regiões de São Carlos, mas uma em especial tem chamado a atenção das autoridades epidemiológicas pela quantidade de casos. São as imediações do Boa Vista 2, Vila Carmen e os jardins Bicão e Beatriz.

“Há uma concentração de casos atualmente, pelo menos, desde fevereiro. Recebemos notificações e realizado os bloqueios, ações de remoção de criadouros, orientação a moradores. O que percebemos é que as pessoas abandonaram os cuidados com os criadouros do Aedes aegypti, daí a infestação aumentar apesar das nossas orientações nas vistorias”, relata.

A percepção do descuido da população com a dengue ficou evidente em pesquisa divulgada ontem (15). Nela, 31% dos entrevistados disseram acreditar que a dengue deixou de existir durante a pandemia de Covid-19 e outros 22%, que o risco da doença diminuiu. Entre as razões para esse sentimento, 28% afirmaram não terem mais ouvido falar da doença e 22% relataram que “toda doença agora é Covid-19”.

Esse pensamento circula em meio a aumento de 43,5% dos casos de dengue nas seis primeiras semanas deste ano. Os números são do Ministério da Saúde.

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Em São Carlos, levantamento de Avaliação de Densidade Larvária (ADL) feito pela Secretaria da Saúde mostra que 3,1% dos imóveis visitados pelas equipes sanitárias tinham criadouros de Aedes aegypti. Foram visitadas 2.899 edificações em janeiro. Entre 1% e 3,9% a situação é considerada como de alerta pelo Ministério da Saúde. Mais do que 4% configuram haver risco de surto de dengue.

“Quando há uma infestação de mosquito, a tendência de circular o vírus é extremamente alta. O trabalho da equipe em levantar o índice de infestação, que se chama ADL, mostra que já tínhamos situação de alerta”, afirma.

Distante a pouco mais de 40 km de São Carlos e com movimento pendular diário intenso, Araraquara vive situação classificada como epidêmica. A proximidade e circulação interurbana preocupam autoridades são-carlenses que pedem que a população redobre as atenções aos criadouros nas residências, prédios comerciais e industriais.

O remédio para a dengue é conhecido. Evitar água parada em garrafas, pneus descobertos e pequenas tampas jogadas no quintal. Manter o terreno limpo também ajuda. Não se pode esquecer de ralos e calhas que podem acumular água e se tornar berçários do mosquito da dengue.

“Se está com sintomas, vá para uma unidade de saúde mais próxima e notifica esse caso. O exame sorológico é feito a partir do sexto dia, mas há a necessidade de passar pelo médico porque é ele que vai indicar o que tomar para baixar a febre, diminuir a dor de cabeça. Não tome medicamente sem receita”, comenta.

Caso haja a confirmação do caso, uma ação de bloqueio é feita na vizinhança, com vistoria nas residências e eliminação de criadouros e nebulização contra o mosquito.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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