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CotidianoSem atividades presenciais, alunos de Medicina da UFSCar decidem manter paralisação do curso

Sem atividades presenciais, alunos de Medicina da UFSCar decidem manter paralisação do curso

De acordo com os estudantes, as aulas presenciais são fundamentais para a continuidade da formação; paralisação reflete negativamente na atenção básica do município

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Edifício 2 do departamento de Medicina da UFSCar. Foto: Reprodução

Alunos do curso de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) decidiram continuar a paralisação do curso enquanto a instituição não divulgar datas para o retorno de atividades presenciais.

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Os estudantes se reuniram na terça-feira (23) com a reitoria e docentes do curso para apresentar propostas de retorno e dialogar sobre a possibilidade, mas nada foi resolvido.

De acordo com os alunos, sem as aulas presenciais não é possível dar continuidade à formação. Eles argumentam que o curso tem um compromisso grande com o Sistema Único de Saúde (SUS) desde o primeiro ano da graduação.

Os alunos atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Unidades de Saúde da Família (USFs) em atividades práticas que correspondem de 20% a 50% da grade curricular.

Mas, em razão da pandemia, essas atividades foram canceladas, justamente num momento de mais necessidade de profissionais. Segundo a aluna do 4º ano de Medicina, Nathalia Gardin, a universidade explicou que haverá um comitê para avaliar esse retorno, mas ainda sem data pra funcionar.

“O que trouxeram para a gente é que eles têm a necessidade do pleno funcionamento de um órgão administrativo consultivo que está em fase de formação, e é ele quem vai avaliar os planos de retorno e as solicitações dos departamentos, mas ainda não tem um prazo pra começar a funcionar e nem um prazo para que essas avaliações sejam feitas e devolvidas para os cursos. As questões que a gente levou do curso de Medicina continuam sendo basicamente ignoradas”, disse.

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Diante da situação, os alunos do 1º ao 4º ano decidiram manter e greve e não seguir apenas com atividades teóricas. “A gente tinha informado a UFSCar através da coordenação de curso que nosso retorno em modelo EAD ficaria condicionado ao primeiro semestre de 2020, mas que as atividades do segundo semestre de 2020 precisariam ser feitas pelo menos no modelo híbrido. Por conta do formato do nosso curso, a gente precisa da prática”, explicou.

“E ainda pensando neste momento de pandemia, a quantidade de atendimentos que estão deixando de ser feitos na rede de saúde de São Carlos, nós acompanhados dos nossos docentes poderíamos estar fazendo muita diferença na atenção básica”, completo. 

Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar). Foto: Divulgação/HU

Outro lado
Em nota, a reitoria da UFSCar informou que representantes do comitê gestor da pandemia apresentaram em detalhes aos estudantes o “Vencendo a Covid-19”, plano de enfrentamento à pandemia, e as ações que já estão em andamento, como o início dos trabalhos do Núcleo Executivo de Vigilância em Saúde (Nevs), que a partir da próxima semana começará a avaliar as demandas e propostas para o retorno gradual de atividades essenciais dos setores da universidade.

A UFSCar reforça que o retorno dos estágios obrigatórios presenciais para as áreas de saúde nos últimos anos está autorizado e que o início depende também de autorização dos órgãos municipais de saúde, com os quais a universidade já está em diálogo. A universidade reitera também que compreende as demandas e anseios dos estudantes de medicina.

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