O “serial killer” do Cidade Aracy, Aelson de Almeida Rodrigues, foi condenado a 18 anos e um mês pelo Tribunal do Júri. O julgamento foi encerrado na noite de quarta-feira (18), no Fórum de São Carlos, após cerca de oito horas.
De acordo com o advogado do réu, Reginaldo da Silveira, a condenação foi determinada em 17 anos por homicídio e 1 ano e um mês por ocultação de cadáver de um dos corpos encontrados na casa de Aelson.
“Ainda tem outros dois processos para responder. Esse é um dos homicídios que ocorreu, esses outros dois processos também são homicídio, foram encontrados três corpos no terreno da casa dele”, informou.
Segundo Silveira, o acusado deve retornar à Penitenciária de Araraquara. A expectativa é de que os outros julgamentos aconteçam ainda este ano.
O júri foi composto por sete jurados e, segundo o delegado João Fernando Baptista, pelo menos seis pessoas foram arroladas como testemunhas. São três policiais civis (incluindo o delegado), a ex-mulher do réu, o pai e a irmã da vítima Luiz Fernando Pereira Luna, o Jhow.
RELEMBRE O CRIME
A vítima em questão e o réu usavam drogas juntos na casa do pintor, na rua Antonio Zacarelli, quando o assassino desferiu golpes de enxadão contra a cabeça da vítima. Na sequência, Aelson cavou uma cova no jardim e enterrou Jhow no local.
A acusação apontou motivo torpe, uma vez que o réu alegou que a vítima havia furtado objetos seus, meio cruel, por ter usado enxadão causando diversas lesões e sofrimento a Jhow, e a dissimulação, decorrente do fato de Aelson ter convidado a vítima a consumir drogas em sua residência, trama ardil para cometer o assassinato.
Nas alegações processuais, a defesa sustentou a culpa exclusiva da vítima, “ausência de culpabilidade e de dolo, a inexigibilidade de conduta diversa”.
As outras duas vítimas foram enterradas no quintal de Aelson. Jhow foi a última vítima identificada, mas será a primeira a ter o assassinato julgado.
SINAIS DE PSICOPATIA
De acordo com o delegado responsável pelo caso, o réu apresentou sinais de psicopatia. Em um dos depoimentos, José Fernando relatou ter ouvido de Aelson que o assassino planejava matar outras cinco pessoas, totalizando oito vítimas.
Todos os três mortos por Aelson foram enterrados na residência do criminoso, conhecida como “Casa do Terror”. Os julgamentos ocorrerão de forma separada.