O servidor público José Renato de Oliveira Jr, acusado de agredir o mestre Romeu Bertho em uma briga de trânsito há cinco dias, pediu exoneração de seu cargo na Fundação Pró-Memória de São Carlos (SP) nesta terça-feira (27).
Segundo a prefeitura, o pedido foi aceito pelo prefeito Airton Garcia e a portaria de exoneração será publicado no Diário Oficial do Município com data retroativa.
Em nota enviada ao G1 São Carlos, o agora ex-servidor confessou a agressão e informou que está tentando procurar a família da vítima para se retratar pessoalmente, mas até o momento não teve êxito.
“Reitero minha consternação pelo lamentável ocorrido e externo minha admiração pelo legado do mestre Romeu Bertho e meu respeito pelos idosos e demais praticantes e disseminadores das artes marciais”, escreveu.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais e causou indignação principalmente da comunidade esportiva, já que o idoso de 84 anos é uma referência nas artes marciais e faz parte da história do esporte são-carlense desde 1959.
Entenda o caso
A agressão aconteceu no dia 22 de julho, quando o idoso dirigia pela Avenida Henrique Gregori e o jovem ultrapassou o veículo xingando e gesticulando. Alguns metros à frente, o agressor estacionou o carro e passou a discutir com a vítima, atingindo um chute em seu rosto.
Na ocasião, o jovem alegou que estava nervoso por não ter recebido um pedido de desculpas após “ser fechado” e que o idoso teria ido para cima dele e ele levantou o pé para se defender.
Cinco dias após, na manhã de segunda-feira (27), cerca de 100 pessoas se reuniram em frente ao Paço Municipal pedindo que fossem tomadas medidas administrativas contra o servidor público e repudiando o “ato covarde e monstruoso por motivo fútil”.
Na ocasião, os manifestantes foram recebidos por um representante da prefeitura, que coletou assinaturas e enviou o questionamento ao prefeito da cidade para que fossem avaliadas as medidas a serem tomadas.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o 2º Distrito Policial está apurando os fatos. Já a Câmara Municipal informou que a Comissão de Direitos Humanos acompanha o caso.