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CotidianoServidores denunciam infestação de ratos em escola; Prefeitura adia retorno

Servidores denunciam infestação de ratos em escola; Prefeitura adia retorno

Além de infestação, Cemei “Profª. Maria Alice Vaz de Macedo”, no Cidade Aracy, tem banheiros interditados, rachaduras e cozinha sem condições; Secretaria da Educação promete reforma

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Cozinha sem condições para o preparo da merenda, salas com rachaduras, banheiros com interdição ou vazamento e infestação de ratos. São essas condições do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) “Maria Alice Vaz de Macedo”, no Cidade Aracy, denunciadas pelo Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos Municipais de São Carlos (Sindspam).

Em protesto, funcionários da unidade fixaram fotos no lado externo da escola para denunciar aos pais e responsáveis por alunos ali matriculados a atual situação do prédio. (Confira galeria no final da reportagem)

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De acordo com o diretor sindical Gilberto Rodrigues, a situação já tinha sido denunciada em outubro em relatório do Conselho de Alimentação Escolar (CAE). O relatório de 18 páginas expõe fiação exposta na cozinha, janelas enferrujadas, chão encardido. Sob a pia, baldes contêm o vazamento da água suja.

Trabalhadores denunciaram também ao sindicato a presença de ratos na escola. Os roedores chegaram a danificar a embalagem de alimentos. Fezes foram encontradas em vários locais da escola.

“Em 2019 a cozinha era para ter sido interditada para fazer uma reforma, mas não fizeram. Passou 2020, teve a pandemia, 2021, e está assim até hoje”, relata Rodrigues.

Não foi a primeira vez que o Sindspam denunciou o caso de péssimas condições das escolas municipais. Em agosto, um documento apontou que diversas unidades precisavam urgentemente de melhorias. Na época, a secretária da Educação, Wanda Hoffmann, culpou as restrições da pandemia pelo fato de não ter reformado os prédios. A ideia é rebatida pelo sindicalista.

“Disseram que na época ninguém estava trabalhando, mas se pegar estudos vê que o setor que mais estava crescendo durante a pandemia era o da construção civil. A construção civil disparou. O município não quis fazer (as reformas).

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A escola atende quase 350 alunos que deveriam voltar às aulas na próxima segunda. Deveriam, pois após denúncia e vistoria própria realizada ontem, a própria Secretaria da Educação entendeu adiar o retorno presencial da unidade para o dia 9. Essa prorrogação se deve ao fato de que será feito o reforço na aplicação de produtos raticidas no local. A última aplicação foi feita em junho do ano passado, afirma nota da pasta.

“Sobre a infraestrutura, está sendo providenciada a contratação da reforma completa do Cemei e o Departamento de Logística e Manutenção da SME esteve na escola na manhã desta quinta-feira (3 de fevereiro) para verificar e atuar diante das demandas”, completa.

Assim como o Cemei “Maria Alice” outras três unidades adiarão por alguns dias o retorno, todas por problemas nas instalações. “No restante das escolas, as atividades pedagógicas irão iniciar com retorno de 100% das crianças, jovens e adultos em modo presencial”. 
 

R$ 10 milhões deixaram de ser aplicados
A secretária Wanda Hoffmann confirmou que descumpriu a Constituição e deixou de aplicar os 25% do Orçamento destinados à pasta da Educação. Em entrevista à CBN, a gestora afirmou ser “muito complexo” gastar recursos públicos, em especial diante do excesso de arrecadação do ano passado.

O descumprimento do mínimo constitucional foi denunciado por vereadores na Câmara Municipal. Na soma dos parlamentares a quantia que deixou de ser investida é muito maior, de R$ 47 milhões. Wanda afirmou ter havido erro de cálculo dos políticos.

Independente do valor, o saldo da Educação em 2021 foi de escolas cujo estado foram questionados, editais de reformas inconclusos e professores e funcionários insatisfeitos com a gestão da pasta. 

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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