O Governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (16) a retomada das aulas na rede estadual com ampliação total das escolas e controle através de distanciamento social. O retorno também se estende para cursos superiores na área da saúde.
A partir de agora, as escolas terão autonomia para determinar a quantidade de alunos que vão poder frequentar presencialmente as aulas, desde que seguindo os protocolos.
“Neste novo plano, a partir de agosto cada escola deverá determinar a capacidade de acolhimento total de alunos de acordo com a sua realidade, desde que sejam evidentemente respeitados todos os protocolos de prevenção como uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento mínimo de um metro entre os estudantes na sala de aula”, disse o governador João Doria (PSDB).
Para o retorno das aulas, a Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP) adquiriu 3 milhões de testes para os profissionais e estudantes. As aplicações serão feitas em parceria com as secretarias municipais de Saúde.
O governo estadual também autorizou o funcionamento presencial de 100% para cursos da área de saúde, incluindo ainda os cursos que envolvam saúde coletiva, saúde pública e medicina veterinária.
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Evasão e acolhimento
As escolas vão poder atuar com o limite de presença de acordo com a capacidade física das escolas e distanciamento físico de 1 metro entre os estudantes. O retorno presencial, no entanto, ainda será opcional neste primeiro momento.
De acordo com o secretário da Educação do Estado, Rossieli Soares, todas as unidades contam com apoio técnico para garantir a segurança nas aulas presenciais. São eles: vacinação, comissão médica, protocolo setorial, monitoramento, comunicação e testagem.
A medida, segundo Rossieli Soares, deve ajudar a combater a evasão escolar, que chega a 35% na rede estadual. A cada dez estudantes, pelo menos três devem abandonar os estudos neste ano devido à pandemia, segundo estudo da Seduc-SP.
“Cada vez que a gente fala de voltar, a gente vai sentido a necessidade de ir atrás dos nossos estudantes. Não existe outro futuro se não for pela educação”, completou.
Linha do tempo
Com o início da pandemia, as aulas foram interrompidas de imediato. A reabertura para atividades presenciais aconteceu em setembro de 2020, com autorização de aulas regulares para Ensino Médio e Ensino de Jovens e Adultos (EJA) em novembro.
O ano letivo de 2021 teve início no mês de fevereiro, ainda com restrições na capacidade máxima das unidades. Em março, com a fase emergencial, a escola permaneceu aberta apenas para estudantes em situação de vulnerabilidade.
Em abril, com o retorno das aulas com capacidade de 35% após as férias antecipadas, o Estado deu início à vacinação contra a Covid-19 em profissionais da educação acima de 47 anos.
A imunização foi expandida aos poucos e em 9 de junho entraram os profissionais de 45 e 46 anos. No último sábado (12), os profissionais de São Carlos (SP) acima de 18 anos puderam se vacinar. Neste momento, cerca de 4 mil profissionais já receberam a primeira dose do imunizante na cidade.