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CotidianoTrabalhadores de cooperativa de reciclagem de São Carlos estão há meses sem salário

Trabalhadores de cooperativa de reciclagem de São Carlos estão há meses sem salário

Contrato com a prefeitura terminou em julho e foi transferido ao Saae, que não efetuou os pagamentos até agora

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Funcionários da Coopervida, cooperativa de reciclagem que atua em São Carlos, estão há meses sem renda após o término do contrato de coleta seletiva com a prefeitura em julho. Atualmente, a responsabilidade pelos pagamentos foi transferida para o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), mas até agora não houve repasse.

Por conta da falta de pagamento, o recolhimento já começou a ser suspenso e sete dos 39 cooperados não estão mais indo trabalhar. Para quem ficou, o trabalho mais que dobrou e ainda está sendo feito “de graça”.

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“A família ajuda e as contas vão acumulando, aí da para pagar um pouquinho de coisa e deixar outras coisas. Tem pessoas que entendem, tem pessoas que não entendem, tem pessoas que discutem e vice-versa. A situação está feia”.

Elissandra Santos de Souza, cooperada

A equipe paralisou a coleta há cerca de três semanas. Por dia, uma média de cinco a seis toneladas era recolhida, e sem esse recolhimento, os materiais acabam indo direto para o aterro.

“Aqui está cheio de material, só que se a gente sai não tem ninguém para triar e vai acumulando, vai chegar uma hora que não vai ter espaço nem para a gente andar aqui dentro”, contou a trabalhadora.

Para quem depende do trabalho e do salário, a situação é cada vez mais difícil, como o casal Luciana Ramos e Wesley da Cruz, ambos cooperados que tem nesse serviço a única fonte de renda.

“Esses dias mesmo meu gás acabou e eu fiquei quatro dias sem gás, entendeu? Porque não tinha de onde tirar, e é chato você ficar pedindo pros outros e não ter uma data para pagar”

Luciana Ramos, cooperada

IMPASSE PÚBLICO

Esse problema é fruto de um impasse. A Coopervida tinha um contrato de prestação de serviço para a prefeitura, que venceu em julho deste ano. Depois, foi transferido para o Saae, que também realiza atividades ligadas a resíduos sólidos. A assinatura, no entanto, só aconteceu no dia 10 de novembro.

O presidente da autarquia, Mariel Olmo, explicou que a situação se deve ao tempo levado para concluir toda a parte burocrática, mas salientou que a regularização deve ser feita até o final de novembro para que sejam feitos os repasses necessários.

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“Infelizmente a gente depende da parte burocrática para poder cobrir todos os ritos processualmente, e logo em seguida estaremos adequando nosso orçamento para poder cumprir com todos os compromissos pontualmente”, disse à EPTV.

*Com informações de Isabela Chagas, da EPTV Central.

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