Após mais de um ano de espera, São Carlos (SP) retoma totalmente na próxima segunda-feira (7) as atividades presenciais na rede municipal de ensino, dando início ao ano letivo de 2022. No entanto, mesmo a poucos dias do retorno, a obrigatoriedade do comprovante e vacinação contra a Covid-19 ainda é uma questão pendente para a administração.
Ao todo, são 6.426 alunos matriculados nas Escolas Municipais de Educação Básica (EMEBs), 12.321 alunos nos Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs) e 202 alunos matriculados na Escola Municipal de Educação de Jovens e Adultos (EMEJA).
O ensino fundamental, do 1º ao 9º ano, e a Educação de Jovens e Adultos (EJA) seguem as diretrizes do Estado e terão o retorno obrigatório. Para a educação infantil, no entanto, são outros tipos de avaliações e condução.
De acordo com a secretária da Educação Wanda Hoffman, os protocolos sanitários serão seguidos a risca, entre eles a obrigatoriedade da máscara, uso de álcool em gel, distanciamento e aferição de temperatura. Além disso, a rede vai orientar os ensinos infantil e fundamental com cartilhas. Para ela, o retorno deve ser o mais seguro possível.
“Todos os nossos servidores estão vacinados, as crianças estão em fase de vacinação, pelo menos aquelas acima de 5 anos, e a gente espera que consiga superar esses diversos desafios, mas claro, o tempo todo nós vamos estar acompanhando, inclusive fazendo uma campanha que os pais e responsáveis, quando notar que a criança está com sintomas, por favor não leve para a escola, entre em contato com a gestão da escola”, explicou.
A obrigatoriedade da apresentação do comprovante de vacinação, no entanto, ainda é dada como incerta. A medida foi adotada pela rede estadual e gerou bastante polêmica. Mas na cidade, segundo Wanda, o assunto ainda deve passar por avaliações, e enquanto permanece sem conclusão, a administração trabalha com a orientação.
“Antes da pandemia, crianças e adolescentes eram obrigados a estar com a carteira de vacinação em dia, e caso isso não acontecia, eram tomadas as providências. Com a pandemia, existe uma incerteza muito grande sobre isso, há pouco tempo que tem a vacina para as crianças. Vamos estar dialogando com especialistas, com a Saúde e o próprio Estado sobre como vamos conduzir algo mais objetivo, mais concreto, sobre essa questão da comprovação da vacina”, disse a secretária.
Polêmica
No ano passado, uma polêmica marcou o retorno presencial dos servidores da educação. Na época, professores denunciaram terem recebido Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de qualidade inferior ao indicado pelas autoridades.
Neste ano, Wanda afirma que a pasta está seguindo determinações de especialistas da prefeitura para a distribuição dos equipamentos de proteção e que os materiais, inclusive, foram comprados antecipadamente.
“Além das máscaras, nós temos as luvas para serem utilizadas, temos também os aventais, temos aqueles que cobrem a cabeça, porque trabalhamos desde bebês de quatro meses até 14 anos. Tem toda uma definição, e fizemos a aquisição desses EPIs justamente no ano passado para podermos voltar da forma mais tranquila possível”, completou.