As transações comerciais de São Carlos expandiram e atingiram US$ 892,42 milhões em 2023. A cifra é 1,2% maior na comparação com janeiro a novembro do ano passado.
O crescimento foi puxado por alta de 6,2% nas importações, que atingiram US$ 483,1 milhões no período. Já as exportações acumulam queda de 4,2% neste ano e somam US$ 409,32 milhões.
Os dados são do Comexstat, sistema de informações de comércio externo do governo federal.
O resultado líquido – diferença entre exportação e importação – mostra déficit nominal nas constas externas do município, em US$ 73,78 milhões em 2023.
Exportações mais fracas
As reduções nas exportações de lápis (-30,7%), bombas de vácuo e compressores de ar (-40,7%) e ferramentas pneumáticas (-16,6%) – três itens importantes da pauta local de exportação – puxaram os resultados de São Carlos para baixo neste ano. O crescimento das exportações de motores (+5%) e de outros itens, como a de peças de drones (+125%) não conseguiram conter a queda.
Mercados clientes importantes como os Estados Unidos e Argentina reduziram as encomendas de produtos industrializados são-carlenses. A variação negativa foi de 26,9% e 26,2%, respectivamente. O México, país que frequentemente compra motores de São Carlos, acelerou em 65,4% suas aquisições.
Importações em alta
O crescimento de 6,2% nas encomendas de artigos vindos do estrangeiro foi pulverizado em inúmeros itens da pauta de compras. As principais, como partes de motores (+46,1%) e sistemas de transmissão e virabrequins (+15,1%) colocaram mais peso nas compras. Ambos itens são relacionados à montagem de motores de automóveis.
O maior movimento de compras beneficiou a China, país que aumentou em 22,5% o volume de vendas feitas para São Carlos. Os Estados Unidos, potência rival, viu suas vendas caírem 15,9% neste ano. A Alemanha, terceiro maior fornecedor, avançou 37,7% nas vendas.
Agro “reaparece” em estatísticas
Conforme o Comexstats, desde 2012 São Carlos tem a predominância de mercadorias da indústria da transformação na pauta comercial, tanto de exportação, quanto de importação, em participação totalitária ou sempre “beliscando” os 100%.
Mas neste ano, as coisas têm sido diferentes na exportação, especificamente. A agropecuária, que correspondia a 0,38% das exportações até o ano passado, cresceu a 4% em 2023.
As crescentes negociações de animais bovinos e suínos vivos, além de ovos de aves, e etanol não desnaturado ou aguardentes, explicam a maior movimentação do setor. As vendas combinadas somam US$ 21 milhões neste ano.
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