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EconomiaConstrução civil vê melhora no ritmo de contratações, mas teme volta das demissões

Construção civil vê melhora no ritmo de contratações, mas teme volta das demissões

Resultado poderia ser melhor se fatores econômicos, como a inflação, aumento de juros e PIB fraco não influenciasse negativamente, diz Sinduscon

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Setor da construção civil. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
Setor da construção civil. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A construção civil acelerou a criação de postos de trabalho após a perda de fôlego nos últimos meses, mas as incertezas sobre os rumos da economia brasileira ainda podem pesar sobre as próximas contratações ou até provocar mais demissões, de acordo com o Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP).

A indústria da construção brasileira abriu 32 mil (salto entre contratações menos demissões) em agosto, aumento de 1,29% em relação a julho, quando foram 29 mil, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta pelo Ministério do Trabalho.

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O resultado de agosto foi melhor também que de junho (23 mil), maio (22 mil), abril (21 mil) e março (24 mil), mas ficou abaixo do verificado no começo do ano – janeiro e fevereiro (44 mil, em ambos) – quando o setor estava bastante aquecido.

Segundo o Sinduscon-SP, essa perda de fôlego ao longo do primeiro semestre resultou de uma deterioração no setor, com a explosão dos custos dos materiais de construção. Isso fez muitas incorporadoras reverem seus orçamentos e optarem por adiar ou até mesmo suspender o início de novos projetos.

A inflação descontrolada, o aumento dos juros e a perspectiva de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2022 também influenciaram negativamente as contratações nos meses anteriores.

“O crescimento do emprego na construção demonstra a persistência do setor em superar os desafios de entregar as obras contratadas, a despeito das incertezas no ambiente econômico”, afirmou o presidente do Sinduscon-SP, Odair Senra.

Mas, na sua visão, as preocupações continuam, a despeito do aumento na geração de postos de trabalho. “O setor está preocupado com a diminuição da demanda futura, por conta dessas mesmas incertezas, o que poderá levar mais adiante a mais demissões que contratações de trabalhadores”, explicou, em nota distribuída à imprensa.

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Ao todo, 2,511 milhões de pessoas trabalham com carteira assinada na construção civil pelo País inteiro. Neste ano, o setor criou 237,9 mil postos de trabalho com carteira assinada , aumento de 10,47%.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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