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EconomiaContrações no comércio têm movimento de sobe e desce

Contrações no comércio têm movimento de sobe e desce

Resultados do Caged mostram cenário de instabilidade, mas melhor do que no ano passado; falta de confiança e incerteza motivam movimento, diz economista

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Comércio de São Carlos (SP) no primeiro dia da fase de transição. Foto: CBN

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, tem demonstrado que o comércio de São Carlos tem vivido uma verdadeira “montanha russa” nos números de contratações e dispensas. No primeiro trimestre, o saldo líquido de contratações ficou negativo em 30 vagas, sinalizando que houve mais dispensas do que assinaturas de carteira.

O resultado de janeiro foi negativo, com o fechamento de 23 vagas. Já em fevereiro houve expansão, com 79 postos abertos. Em março, nova queda, desta vez de 86 vagas.

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O resultado foi puxado, principalmente, pelo varejo. Estabelecimentos que vendem produtos novos e usados dispensaram -53 no saldo final do mês passado. As baixas também ocorreram em comércios não especializados (-27), de produtos alimentícios, bebidas e fumo (-15), equipamentos de informática (-13), artigos culturais, esportivos e recreativos (-10) e combustíveis (-5).

Por outro lado, subsetores com resultados positivos líquidos não conseguiram compensar as despensas. O setor de farmacêuticos teve saldo de seis vagas no período. Houve também contratação na área de comércio e reparação de veículos (+5), em especial em atividades ligadas à venda de peças e manutenção de autos.

O atacado também teve resultado bom em março, com a abertura de 26 vagas líquidas. Empresas de venda de máquinas, aparelhos e equipamentos, atacados de alimentos e matérias-primas agrícolas tiveram resultados promissores.

Para o economista Elton Eustáquio Casagrande, do núcleo de Economia da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (Acisc), apesar de negativos em uma comparação mais recente, os números de março podem mostrar um movimento menor de demissões se colocados lado a lado com os valores do ano passado.

“Em março de 2020, os setores de comércio e de serviços perderam muito mais postos de trabalho, então um ano depois esse efeito é bem menor”, comenta.

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Segundo o Caged, em março do ano passado as despensas superaram as contratações e deixaram o saldo líquido negativo, com o fechamento de 191 postos de trabalho. Naquele mês, o resultado global em São Carlos ficara em -472, muito longe dos +168 contabilizados neste ano.

“O setor de comércio, quando consideramos o varejista são atividades que têm a ver com a vida de qualquer pessoa, inclusive (no âmbito) empresarial”, afirma o economista, que emenda: “Tudo isso envolve o varejo. Então as questões que lidam com o comportamento ao longo do mês de março, especificamente, são difíceis de identificar e dar uma razoabilidade, uma explicação lógica e contundente”.

Na opinião do economista Cláudio Paiva, os números do Caged revelam a falta de confiança e incerteza em relação ao retorno à normalidade. Por normalidade, entende-se na redução dos números de infecções, internações e mortes por Covid-19 e avanço mais rápido da vacinação contra a doença.

“As medidas assinadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para a manutenção de emprego, que possibilita a redução de jornada e trabalho dos funcionários, até mesmo a suspensão do contrato de trabalho, poderá ajudar e gerar até certo fôlego financeiro para o empresário, como ocorreu no ano passado”, comenta.

Segundo Paiva, os empresários devem ter cautela na hora de obter empréstimos junto a bancos. Antes devem realizar avaliação das despesas, de modo a não aumentar o endividamento de forma a tornar as finanças mais apertadas no curto prazo.

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