A Petrobras atingiu recorde anual de produção e vendas do diesel S-10, combustível com baixo teor de enxofre e que custa um pouco mais caro do que o diesel S-500. A estatal registrou aumento de 34,7% na comercialização do produto em relação a 2020, com a venda de 25,8 bilhões de litros de S-10, e incremento de 10% na produção, que alcançou 21,2 bilhões de litros.
Apesar do aumento da produção, a Petrobras ainda precisa importar o diesel menos poluente, mas planeja investir US$ 2,6 bilhões na expansão da capacidade de suas refinarias até 2026, o que vai significar a produção adicional de mais de 300 mil barris por dia de óleo diesel S-10.
“Ao final desse prazo, todo o óleo diesel produzido pela Petrobras será S-10”, disse a empresa em nota.
Atualmente, o S-10 é comercializado nos postos de abastecimento a R$ 5,638 o litro, enquanto o S-500 custa em média R$ 5,582 por litro, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com a Petrobras, o crescimento do consumo do óleo diesel S-10 ocorre de forma associada à modernização da frota nacional, garantindo os melhores resultados ambientais e econômicos. Atualmente, a venda do S-10 corresponde a mais da metade das vendas totais de diesel da Petrobrás.
“Os números refletem os esforços da companhia para ampliar a oferta do produto com menor teor de enxofre e que atende às tecnologias mais modernas de motores em uso no Brasil”, afirmou a empresa.
A estatal explica que os veículos produzidos a partir de 2012 devem usar o óleo diesel S-10, que permite atender aos limites de emissões definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
“O uso do óleo diesel S-10 em veículos produzidos antes de 2012 não causa nenhum problema em relação ao uso ou às emissões de poluentes locais, mas pode representar um aumento do consumo”, informou a companhia.
Já o diesel S-500 é destinado a veículos produzidos até 2011 e garante a esses veículos um menor consumo, com atendimento às legislações de emissões vigentes.
“O óleo diesel S-10 é essencial para o desempenho dos motores produzidos a partir de 2012, com impactos positivos na redução de emissões de material particulado em até 80% e de óxidos de nitrogênio em até 98%”, explicou a Petrobras.