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EconomiaPetróleo tende a subir com inverno no Hemisfério Norte, diz ministro

Petróleo tende a subir com inverno no Hemisfério Norte, diz ministro

O alto consumo durante os meses de frio pode encarecer ainda mais os combustíveis no Brasil, opina Bento Albuquerque

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Chegada do inverno nos países do Hemisfério Norte deve encarecer o petróleo. (Foto: divulgação/Petrobrás)
Chegada do inverno nos países do Hemisfério Norte deve encarecer o petróleo. (Foto: divulgação/Petrobrás)

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse ontem que o preço do petróleo, que já subiu cerca de 60% neste ano, tende a avançar ainda um pouco mais com a chegada do inverno ao Hemisfério Norte – o petróleo e a variação do dólar afetam os preços dos combustíveis no Brasil.

Ele argumentou: “Preços dos combustíveis. O que ocorreu? Por que houve aumento? Principalmente pela alta do petróleo, 60% só em 2021, e com tendência, com a chegada do inverno no Hemisfério Norte, de subir um pouco mais”.

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O preço médio da gasolina nos postos do País subiu 2,25% na semana passada, chegando a R$ 6,710 o litro, conforme levantamento divulgado na segunda-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O valor máximo foi de R$ 7,999, no Rio Grande do Sul.

A escalada de preços é reflexo do reajuste no valor da gasolina e do diesel feito pela Petrobras, em vigor desde 26 de outubro. Por conta do reajuste, o preço do litro do diesel subiu 2,45% nos postos brasileiros na semana passada, chegando a uma média de R$ 5,339. O preço máximo foi de R$ 6,700 o litro, em Cruzeiro do Sul (AC).

O valor médio do litro do etanol subiu 4,5% na semana, para R$ 5,294. O preço máximo foi de R$ 7,899 o litro em Bagé, no Rio Grande do Sul.

O preço do botijão de gás (GLP) se manteve estável e fechou a semana em R$ 102,48.

Desabastecimento
Albuquerque disse que é preciso “ter uma preocupação agora muito grande com o desabastecimento, porque a importação do combustível leva no mínimo 90 dias”. Ao lembrar que até 2016 a estatal importava todo o combustível consumido no País, eles ressaltou: “Hoje temos uma parcela do mercado, cerca de 20% do mercado de combustíveis, que não é da Petrobras, então mudar qualquer coisa tem de ser uma mudança com bastante critério, com bastante transparência e governança para que a gente possa atingir os objetivos”.

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Em outubro, a Petrobras informou que recebeu, para novembro, pedidos muito acima dos meses anteriores e de sua capacidade de produção.

Em comunicado, a empresa negou o risco de desabastecimento e afirmou estar maximizando a produção, mas a sinalização acendeu alerta no mercado e distribuidoras.

Interferência
Albuquerque negou qualquer tipo de interferência na Petrobras. Durante audiência pública em comissões do Senado, o ministro afirmou que existem diversos dispositivos legais que impedem isso, entre eles, a lei das estatais, de 2016.

“Não pode, não há e nunca houve interferência na Petrobras ou no mercado de combustível onde quer que seja”, afirmou. A declaração do ministro vem após diversos comentários de Jair Bolsonaro. No último sábado, o presidente afirmou que procura uma maneira de “ficar livre da Petrobras”. A apoiadores, ele reafirmou a intenção de “fatiar” ou até “privatizar” a empresa.

O ministro destacou, entre as alternativas em discussão no governo, a criação de um “colchão tributário”, para permitir que as variações do preço do petróleo e do combustível sejam compensadas de algumas forma, e de uma “reserva estabilizadora de preços”, para quando houvesse uma volatilidade muito grande.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 
 
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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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