São Carlos teve expansão na arrecadação de impostos em 2021. Até outubro, o município teve R$ 37 milhões a mais de entrada de recursos, na comparação com o ano passado. Frente a 2019, ano pré-pandemia, o aumento é ainda maior, de R$ 54 milhões.
Entre tributações sobre serviços, transmissão de bens e sobre imóveis, a Fisco são-carlense recolheu, em 2021, até outubro, R$ 260,2 milhões. O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) são responsáveis por grande parte das entradas.
O imposto arrecadado sobre a propriedade imobiliária rendeu aos cofres municipais R$ 118,1 milhões nos dez primeiros meses de 2021. São R$ 11,3 milhões a mais do que 2020 e R$ 27,8 milhões sobre 2019. Parte dos ganhos extras podem ser explicados pelos ajustes inflacionados, mas também houve mais entrada de recursos, segundo o secretário municipal da Fazenda, Mário Luiz Duarte Antunes.
O ISS também teve acréscimo nos dois últimos anos. A arrecadação, que girou em torno de R$ 102 milhões entre 2019 e 2020, saltou R$ 15 milhões, para R$ 117,2 milhões.
São Carlos foi beneficiada pelo crescimento nas negociações do mercado imobiliário. Quase um terço do excedente neste ano se deve ao Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). São quase R$ 10 milhões a mais nas arcas municipais. Em dez meses, foram R$ 21,5 milhões recolhidos em transações imobiliárias, valor que girava em torno de R$ 11,5 milhões entre 2019 e 2020.
As taxas recolhidas pelo município somaram R$ 3,3 milhões nos dez primeiros meses deste ano. São 71% a mais do que no ano passado e R$ 1,3 milhão a mais.
“Nós precisamos, sempre, olhar os dois lados. Precisamos olhar que houve um implemento na arrecadação, mas a gente só pode ter convicção após o fechamento de dezembro se houve um excesso de arrecadação”, explica. “Os restos a pagar, que são obrigações que temos que fazer no exercício de 2021, mas que por exemplo a nota fiscal não entrou, ou o serviço não aconteceu, esses restos a pagar do município que a gente deve levar para o próximo ano, está em torno de R$ 80 milhões, que são obrigações nossas, então não dá só para olhar a receita, a gente tem que olhar as despesas e garantir essa obrigação, levando os recursos financeiros para honra-la”, explica”, afirma Antunes.