O ministro da Cidadania, João Roma, disse nesta quarta-feira (20) que a intenção do governo é começar a pagar os novos valores do Auxílio Brasil já em novembro. O governo anunciou um reajuste permanente linear de 20% nos atuais benefícios do Bolsa Família. Além disso, quer elevar o número de famílias beneficiárias de 14,6 milhões para 16,9 milhões.
Haverá ainda um benefício temporário para garantir o pagamento de ao menos R$ 400 até dezembro de 2022, ano em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) buscará a reeleição.
Após o pronunciamento do ministro, a Cidadania informou que há a ideia de começar a pagar o benefício temporário também em novembro, mas pode haver limitações operacionais para rodar a folha já com o valor atualizado. Por isso, o pagamento dessa parcela poderia se iniciar em dezembro.
O ministro ainda deixou claro que o auxílio emergencial termina neste mês de outubro. Havia tentativa de parte da ala política de garantir alguma extensão de benefícios para esse público, mas, segundo Roma, a ajuda a vulneráveis criada durante a pandemia de covid-19 será encerrada.
Roma ainda disse ter se reunido na terça com o relator da PEC dos precatórios, Hugo Motta (Republicanos-PB). A medida de postergação de pagamento de dívidas transitadas em julgado deve abrir espaço no Orçamento para financiar parte do Auxílio Brasil.
“Hugo Motta deve fazer muito em breve a leitura de seu relatório, para ser votado”, disse. O relatório da PEC também deve conter autorização para que parte do gasto fique fora do teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), há um cabo de guerra em torno do valor que ficará fora do limite.
Na avaliação do ministro, a pandemia de covid-19 está chegando ao fim, mas ainda deixa grande passivo na área social.