Uma das estrelas do esporte de São Carlos, Natalia Vendito é um dos maiores orgulhos do são-carlense na atualidade. Brilha na Ferroviária, com as Guerreiras Grenás, tem sido convocada para a seleção brasileira e sonha em jogar uma Copa do Mundo com o time profissional.
Há ainda muito caminhar para Vendito, que tem apenas 19 anos. Nascida em 2005, foi criada com os irmãos no Jardim Cruzeiro do Sul.
E o futebol sempre fez parte de sua vida, desde pequenininha. Vendito começou a jogar bola quando criança, incentivada pelos seus irmãos mais velhos, aos 7 anos ela foi matriculada em uma escolinha de futebol e passou a jogar por diversão.
“Eu acho que ali no início a gente só quer jogar bola, só quer jogar futebol, às vezes não tem muito essa noção de ‘ah, é essa carreira que eu quero seguir’”, afirma em entrevista ao acidade on São Carlos.
Por conta dos problemas na família, Vendito não conseguiu continuar os treinos, o que a fez parar. O seu retorno só aconteceu aos 12 anos quando foi treinar no projeto social Rio Training, com o professor Marcos Tchula.
“E foi aí que as oportunidades surgiram, eu vim fazer o teste aqui na Ferroviária em 2018. Na época estava com 13 anos. A peneira foi com as meninas do sub-17. Eu passei e iniciei os treinamentos em Araraquara.”
Ferroviária
A chegada à Locomotiva não foi sem dificuldades. Uma delas, era ter que viajar à São Carlos durante a semana, pois não poderia ficar alojada em Araraquara com apenas 13 anos.
No início da carreira, na Ferroviária participou de campeonato sub-14, e no ano seguinte, com 14 anos, foi à Belo Horizonte (MG) jogar no Campeonato Brasileiro Sub-16.
Nas rememorações, Vendito ressalta a importância do futsal na sua formação de base. Ela chegou a treinar com a professora Ana Bianconi (cuja história foi contada aqui). Foi nas quadras que a então menina ensaiou a versatilidade, passando por várias posições. Isso se refletiu por suas passagens pelo meio de campo, com o professor Tchula, e, atualmente, na ponta, com a Ferroviária.
“E eu sempre defendo que todo atleta do futebol deve ter essa base no futsal”.
E na Ferroviária, pode alçar voos mais altos, com a convocação para a seleção brasileira sub-17 em 2021, quando tinha 15 anos. Desde então, colecionou títulos: Sul-Americano Sub-17 e o Sub-20, em 2022 e 2024.
Vendito conquistou, ainda, a Chuteira de Prata da Fifa, que a reconheceu como uma das artilheiras da Copa do Mundo Sub-20.
Exemplo para o futebol feminino
Vendito conta que o futebol feminino no Brasil está em constante evolução, mas ainda longe do ideal. Apesar do crescimento significativo nos últimos anos, muitos clubes enfrentam condições de trabalho precárias e falta de profissionais capacitados.
Há, contudo, exemplos bem-sucedidos, como Ferroviária, Corinthians, Palmeiras, Internacional e Grêmio, que investem em estrutura e desenvolvimento. No entanto, o caminho para alcançar o nível internacional é longo.
“A Ferroviária é um exemplo de dedicação e maestria. É fundamental continuar investindo e valorizando o futebol feminino para que possa alcançar seu verdadeiro potencial”, opina.
Sonha com a Copa
A menina do Cruzeiro do Sul sonha com voos ainda mais altos. A Copa do Mundo feminina, com o elenco profissional é um dos sonhos e meta, assim como outros títulos com a camiseta grená.
“Levo o nome de São Carlos com orgulho e quero inspirar as novas gerações a acreditar em seus sonhos. É preciso incentivo e colaboração para cultivar talentos em nossa cidade. Às meninas que sonham em fazer carreira no futebol, digo: nunca desistam! A caminhada é árdua, mas com perseverança, resiliência e força de vontade, tudo é possível”.
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