Persistência e paixão: Técnica de futsal feminino de São Carlos, Ana Claúdia Bianconi, inspira novas gerações

A técnica de futsal feminino Ana Cláudia Bianconi, de 42 anos, sempre foi apaixonada por esportes, interesse que nasceu na infância, quando acompanhava o irmão nos jogos de futebol. Em 1999, ao se mudar para São Carlos, Ana e a irmã jogavam futebol de campo, mas a falta de campos iluminados à noite, quando o time tinha disponibilidade, as levou a migrar para o futsal. A modalidade, mais dinâmica e cheia de oportunidades para tomada de decisões, conquistou a atleta, que logo passou a representar a cidade em competições.

Em 2000, Ana participou pela primeira vez dos jogos regionais, ainda no campo, e estreou no futsal em 2004. Mesmo inserida no ambiente esportivo, Ana não encontrou apoio dos pais, que viam o esporte apenas como um hobby. “Minha mãe não apoiava e meu pai nos incentivava a jogar, mas não encarava isso como profissão. Quando passamos em um teste para o Guarani, em Curitiba, esperamos apoio, mas também não o tivemos,” conta.

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Na mesma época, Ana foi aprovada em Educação Física na UFSCar e optou pelo curso sem deixar os jogos pela cidade e pela universidade. Durante esse período, Ana enfrentou graves lesões nos joelhos, passando por três cirurgias. Ainda assim, seguiu competindo até 2009, quando passou em um concurso da Prefeitura de São Carlos e iniciou a carreira como técnica esportiva. “Eu não queria parar de jogar. Fazia a preparação física com a equipe pela manhã e treinava o time durante o restante do dia. Em 2014, porém, precisei parar devido ao joelho,” relembra.

Hoje, Ana treina cerca de 100 atletas nas categorias sub-11,13,15,17,20 e adulto. Entre suas maiores conquistas, ela destaca a vitória nos Jogos Abertos de 2018, realizados em São Carlos, e a Copa Paulista de Futsal deste ano. “Ainda sonho em conquistar o Campeonato Paulista com o sub-20 e o time adulto,” afirma.

Ana também aponta a dificuldade e a falta de apoio para o esporte, especialmente no feminino. “Gostaria que o esporte não dependesse tanto de verbas públicas. Se fosse visto como investimento teríamos muitos avanços,” finaliza.