O coral infantojuvenil “Eu canto minha África”, formado por crianças, adolescentes e jovens negros e afrodescendentes de São Carlos (SP), lançam nesta semana cinco videoclipes para celebrar a Semana da Consciência Negra, que ocorre entre os dias 16 e 20 de novembro.
O coral, que surgiu no ano passado, conseguiu neste ano dar continuidade aos seus projetos com recursos recebidos por meio de um prêmio concedido a produtora e coordenadora do projeto, Dnize Castro, por seus 26 anos de serviços prestados.
Neste ano, o coral apresenta um repertório com cinco novas músicas cantadas em português e idiomas africanos. A maioria delas foi composta pela cantora Nara Dom, regente do coral.
Serão cinco músicas inéditas: Segregação (composição: Nara Dom), Maculelê (composição: domínio público), Nkosi Sikelel iAfrica (composição: domínio público), O Grito (composição de Felipe Côrtes, inspirada no poema de Dnize Castro) homenagem à Marielle Franco, e Dama do Samba (composição: Nara Dom).
A cada dia da semana, o coral disponibilizará uma nova canção na internet em formato de videoclipe. Os vídeos poderão ser acessados na página do coral pelo canal do Youtube Coral Eu canto minha África.
Confira a programação de lançamento:
Dia 16 Segregação
Dia 17 Maculelê
Dia 18 Nkosi Sikelel iafrica
Dia 19 O Grito Homenagem à Marielle Franco
Dia 20 (Dia Nacional da Consciência Negra) Dama do Samba Homenagem à Odette dos Santos
Entenda mais sobre as canções:
SEGREGAÇÃO
Canção foi composta pela Regente de Eu Canto Minha África Coral de Vozes Infanto-Juvenis: Natalia Donato (Nara Dom). Aborda a invisibilidade da negritude e o anseio de identificação racial e social. A canção transformada em música tem a produção musical de Felipe Côrtes que também fez a captação de vozes do coral em estúdio.
MACULELÊ
Canção de domínio público. A Origem da história de uma das lendas da dança tradicional conhecida no brasil como maculelê tem origem em um negro fugido que tinha doença de pele. … Maculelê, usando dois bastões, lutou sozinho contra o grupo rival e, heroicamente, venceu a disputa. Desde então passou a ser considerado um herói na tribo. Maculelê é um tipo de dança folclórica da Bahia, com matriz nas culturas afro-brasileira e indígena onde em sua origem era ligado às fazendas de produção da cana-de-açúcar. … Esta dança baiana mais tarde se mesclou a outras manifestações culturais brasileiras, como a capoeira e o frevo. A canção transformada em música tem a produção musical de Felipe Côrtes que também fez a captação de vozes do coral em estúdio.
NKOSI SIKELEL IAFRICA
Canção de domínio público. O hino nacional da África do Sul é uma canção híbrida (desde 1997), que combina versos do Hino Nacional do governo do apartheid, “Die Stem van Suid-Afrika” e o Hino Popular do Congresso Nacional Africano e outras organizações negras: o “Nkosi Sikelel’ iAfrika”. Isto o torna, talvez, o único hino nacional com duas partes cantadas em tons diferentes. A sua letra inclui cinco das onze línguas oficiais da África do Sul. A canção transformada em música tem a produção musical de Felipe Côrtes que também fez a captação de vozes do coral em estúdio.
O GRITO
Canção composta por Felipe Côrtes, inspirada no poema de Dnize Castro. Trata-se de uma homenagem à Marielle Francisco da Silva (Marielle Franco). Em sua trajetória Marielle foi reconhecida internacionalmente, por ONGs como a Anistia Internacional, pelas formulações de projetos de leis e pautas em defesa dos direitos da população LGBTI e das mulheres pretas e faveladas. A canção transformada em música tem a produção musical de Felipe Côrtes que também fez a captação de vozes do coral em estúdio.
DAMA DO SAMBA
Canção composta por Natália Donato (Nara Dom) a pedido de Dnize Castro, coordenadora do Eu Canto Minha Africa Coral de Vozes Infanto-Juvenis, em homenagem à Odete dos Santos. Natália fez uma rica pesquisa sobre a vida da carnavalesca sancarlense, passando por sua trajetória e desempenho à frente da primeira escola de samba de São Carlos, criada por ela mesma. Durante o processo de composição a cantora Nara Dom se identificou com o processo de criação porque seu pai também foi sambista. A canção transformada em música tem a produção musical de Felipe Côrtes que também fez a captação de vozes do coral em estúdio.