O festival ChorandoSemParar, tradicionalmente realizado em São Carlos (SP), disponibiliza nesta quarta-feira (8), em seu canal do Youtube, a programação completa da 17ª edição, realizada virtualmente no início deste ano.
Tradicionalmente realizada na primeira quinzena de dezembro, a edição 2020 aconteceu em fevereiro 2021 em versão digital e foi transmitida ao vivo devido às restrições causadas pela pandemia.
A 17ª edição foi uma homenagem em memória ao violonista Raphael Rabello, com a participação de 55 artistas brasileiros e estrangeiros e entre eles o convidado homenageado, o também violonista Maurício Carilho.
Todo o conteúdo das 12 horas de programação, transmitida ao vivo no domingo de encerramento e também as atividades formativas realizadas em conjunto com o Sesc São Carlos, estarão disponíveis no canal do “Festival Chorando Sem Parar”, no YouTube.
Para o futuro
Fátima Camargo, presidente do Instituto Mário de Andrade (IMA), atual gestor do Projeto Contribuinte da Cultura, destaca que o ChorandoSemParar é um evento popular e, ao mesmo tempo, de alta qualidade artística. Apesar de digital, essa versão seguiu a mesma estrutura de oficinas, espaços de discussão e apresentações musicais, culminando com as 12 horas de programação online.
“Foi uma grande celebração da música instrumental brasileira em toda sua riqueza e diversidade, agora disponível pelo YouTube. Para 2022 esperamos conseguir voltar com o Festival presencial ou em formato híbrido. O ano de 2022 será muito especial porque teremos o centenário da Semana de Arte Moderna. Já estamos preparando algumas atividades para essa comemoração que deverá ocorrer no fim de junho”, disse.
17° ChorandoSemParar Raphael Rabello 2021
A versão digital editada da 17ª versão ChorandoSemParar, em homenagem a Raphael Rabello, pode ser vista no canal do “Festival Chorando Sem Parar” no YouTube a partir de 8 de dezembro.
Raphael Rabello (1962- 1995) é considerado um dos maiores violonistas do mundo que, em 32 anos de vida, revolucionou a forma de tocar violão, especialmente o de sete cordas. Sua inventividade como músico se revelava na capacidade de tirar do instrumento um furacão de sons e solos.
É dele a frase: “O violão é um instrumento de doido, obriga a uma interiorização solitária e uma descoordenação motora brutal. Em cada mão, em cada dedo você toca uma coisa, isso só pode enlouquecer a pessoa”.
Sua morte prematura, em 1995, foi um choque no meio musical brasileiro. Deixou um grande legado com quase 600 gravações e 19 álbuns em vida, além de registros que se tornaram seis discos póstumos.