Morreu nesta terça-feira (15) o jornalista, cronista e cineasta Arnaldo Jabor, de 81 anos. Ele estava internado desde dezembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Segundo familiares, Jabor faleceu por volta da meia-noite, em decorrência de complicações de AVC.
Biografia
Carioca nascido em 1940, o cineasta e jornalista Arnaldo Jabor já foi técnico de som, crítico de teatro, roteirista e diretor de curtas e longas metragens. Formado no ambiente do Cinema Novo, participou da segunda fase do movimento, que buscava analisar a realidade nacional, inspirando-se no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa.
Seu primeiro longa metragem foi o inovador documentário Opinião Pública (1967), uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade. Logo a frente vieram outros destaques consagrados, entre eles Toda Nudez Será Castigada (1973), O Casamento (1975), Tudo Bem (1978), Eu Te Amo (1980) e Eu Sei que Vou Te Amar (1986).
Jabor também foi colunista do O Globo no final de 1995 e mais tarde levou para a Rede Globo, no Jornal Nacional, Jornal da Globo e no Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Fantástico e também para a Rádio CBN, o estilo irônico com que comenta os fatos da atualidade brasileira. Seus dois últimos livros Amor É prosa, Sexo É poesia (Editora Objetiva, 2004) e Pornopolítica (Editora Objetiva, 2006) se tornaram best-sellers instantâneos.
Abordando os mais variados temas (cinema, artes, sexualidade, política nacional e internacional, economia, amor, filosofia, preconceito), suas intervenções “apimentadas” na televisão e em suas colunas lhe renderam admiradores e muitos críticos.