Diretor de filmes como “Vagas Para Moças de Fino Trato” (1993), “Policarpo Quaresma, Herói do Brasil” (1997) e “Orquestra dos Meninos” (2008), ele estava internado no hospital Samaritano desde o dia 7 de maio. A morte foi causada por uma parada cardíaca após uma doença hematológica.
Nascido em Vitória, no Espirito Santo, o diretor foi morar no Rio de Janeiro ainda criança, aos cinco anos. Na capital fluminense, cursou economia e sociologia política na PUC, mas decidiu seguir caminho no cinema após se encantar com as sessões da Cinemateca do Museu da Arte Moderna e do Cine Paissandu.
Sua estreia no audiovisual foi em 1969 com o documentário “A Criação Literária de João Guimarães Rosa”. Paulo Thiago também presidiu o Sindicato da Indústria Cinematográfica e Audiovisual do Rio de Janeiro e a Associação Brasileira de Produtores Cinematográficos. Ele ainda foi um dos fundadores da Associação Brasileira dos Cineastas.
Uma das suas últimas produções foi “Memórias do Grupo Opinião”, de 2019, que esteve na 24ª edição do festival É Tudo Verdade. O documentário apresenta a trajetória do grupo teatral carioca que foi marco da resistência contra a ditadura.
Antes, dirigiu e roteirizou “A Última Chance” (2017), longa protagonizado por Marcos Pigossi, baseado na história de ex-traficante que se redime graças às artes marciais.
Paulo Thiago estava no processo de preparação para dirigir “Rabo de Foguete”, filme baseado na obra de Ferreira Gullar, e um documentário sobre o grupo musical MPB4.
O corpo do cineasta será velado neste sábado em uma cerimônia restrita à família. Ele deixa a mulher Gláucia Camargos e os filhos Pedro Antonio e Paulo Francisco.